Exportações portuguesas caíram em setembro pelo sexto mês consecutivo
Défice da balança comercial continua abaixo dos valores de 2022. Em setembro encolheu em 706 milhões de euros, para 2.171 milhões de euros, face a igual período do ano passado.
As exportações de bens caíram 8,2% em setembro, em termos nominais, face ao mesmo período de 2022, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta queda, pelo sexto mês consecutivo, foi influenciada, principalmente, pelos recuos de 9,3% nos fornecimentos industriais e de 11,5% nas máquinas e outros bens de capital.
No que toca às importações, verificou-se uma descida homóloga de 13%, em termos nominais, no período em análise, refletindo não só uma quebra de 14,9% na categoria dos fornecimentos industriais — nomeadamente de produtos químicos –, mas também, sobretudo, o recuo de 27% nas compras de combustíveis e lubrificantes. Neste último caso, destaca-se a descida dos preços do gás natural e do petróleo no mercado internacional.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o INE assinala que os decréscimos foram “ligeiramente menos expressivos” quando comparados com a variação total: menos 8% nas exportações e menos 10,5% nas importações.
Como resultado dos decréscimos mais acentuados nas importações do que nas exportações, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em 706 milhões de euros, para 2.171 milhões de euros, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Face a agosto, registou-se um decréscimo de 203 milhões de euros.
“Os combustíveis e lubrificantes representaram 32,3% do défice da balança comercial em setembro, pelo que o saldo da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou menos 1.470 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição do défice de 352 milhões de euros face a setembro do ano anterior e uma diminuição de 277 milhões de euros em relação ao mês anterior”, refere o gabinete estatístico.
Neste contexto, os índices de valor unitário (preços) registaram variações de menos 4,3% nas exportações e menos 6,9% nas importações, o que reflete o ajustamento dos preços dos produtos petrolíferos, dado que, excluindo estes produtos, verificaram-se decréscimos de 1,6% nas exportações e de 4,3% nas importações.
O INE salienta ainda a diminuição das transações com Espanha — país que, em 2022 era simultaneamente o principal cliente e fornecedor do mercado nacional –, que foi de -10,8% nas exportações e de -6,8% nas importações.
No terceiro trimestre, entre julho e setembro, as exportações e as importações diminuíram 8,7% e 12,4%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022, acentuando a trajetória iniciada no trimestre anterior (-4,7% e -6,4%, pela mesma ordem).
(Notícia atualizada pela última vez às 12h15)
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