José Luís Carneiro é candidato oficial à liderança do PS: “Estou consciente da grandeza do desafio”
O ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a PM pelo PS.
O dirigente socialista José Luís Carneiro vai candidatar-se à liderança do PS “consciente da grandeza do desafio”. Diz candidatar-se porque “é chegado o tempo, quando se vão comemorar os 50 anos do 25 de abril” acrescentando que vai apresentar reformas de rejuvenescimento das instituições democráticas. “Temos de estar à altura do nosso passado, a quem deu as suas vidas pela liberdade”. Com o nome “Por todos. Para todos”, precisamente para mobilizar as bases políticas e sociais com estabilidade, o atual ministro da Administração Interna fez uma homenagem a Costa, avançando ainda que vai apresentar a sua moção de propostas para o país à Comissão política do PS.
O atual ministro da Administração Interna afirmou que avança para “garantir segurança, estabilidade e investimento ao país, e prometeu que levará diálogo ao seu partido e à atividade política”.
Perante os jornalistas, o ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a primeiro-ministro dos socialistas nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
E conclui: “é com humildade e ambição que me candidato”. As eleições diretas deverão ser marcadas para os dias 16 e 17 de dezembro.
José Luís Carneiro já tinha avançado aos jornalistas na sexta-feira, à saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS, a intenção de se candidatar.
Perante os jornalistas, o ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a primeiro-ministro dos socialistas nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
“Habilito-me a ser candidato a primeiro-ministro para garantir segurança, estabilidade e o investimento na melhoria e no aprofundamento das políticas que criam mais e melhores oportunidades e que afirmam Portugal como um país que consegue crescer economicamente, mas mantém sempre um grande esforço de justiça social”, declarou.
Interrogado se está preparado para enfrentar Pedro Nuno Santos nas eleições internas do PS, contrapôs: “Levarei fundamentalmente o diálogo, o diálogo aos militantes do PS, mas procurando com eles aperfeiçoar e aprofundar um projeto de serviço ao país”.
Deputado nas legislaturas anteriores à atual, o ex-secretário-geral adjunto do Partido Socialista foi presidente da poderosa federação distrital do partido no Porto. Tem 50 anos, é casado e pai de dois filhos. O atual ministro da Administração Interna tornou-se uma cara mais conhecida para os portugueses enquanto secretário-geral adjunto socialista, com diversas comunicações ao país feitas nessa qualidade ao longo de 2021, que coincidiu com o período de pandemia.
Licenciado em Relações Internacionais, tem colecionado cargos políticos. Foi membro do Conselho Geral da Associação Nacional dos Municípios Portugueses entre 2013 e 2015. Foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas entre 2015 e 2019, vereador sem pelouro na Câmara Municipal de Baião entre janeiro de 1998 e 2005, assessor do gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna entre 1999 e 2000 e chefe de gabinete do Grupo Parlamentar do PS entre 2000 e 2002.
Em fevereiro de 2005 foi eleito deputado pela primeira vez à Assembleia da República. Integrou a Comissão dos Negócios Estrangeiros e foi eleito membro da Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica. Foi Presidente da Câmara Municipal de Baião entre 2005 e 2015. Membro do Comité das Regiões entre 2006 e 2015. Integrou as Comissões de Educação, Juventude, Ciência e Cultura (EDUC) e a comissão de Coesão Territorial (COTER). Foi ainda eleito membro do Conselho Económico e Social em dezembro de 2013.
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