Número de casas em Lisboa vendidas a estrangeiros cai 19% no semestre
Até junho houve 770 edifícios de habitação ou apartamentos comprados pelos estrangeiros em Lisboa, que envolveram um volume de negócios que ascende a 442,9 milhões de euros.
Nos primeiros seis meses do ano, houve 770 edifícios de habitação ou apartamentos comprados pelos estrangeiros em Lisboa, que envolveram um volume de negócios que ascende a 442,9 milhões de euros. Em termos homólogos, estes dados traduzem uma quebra de 19% no número de imóveis vendidos a estrangeiros e uma redução de 18% no valor total das transações. Esta quebra acontece numa altura em que os preços da habitação continuam a subir e num contexto em que o Governo anunciou o fim dos vistos gold.
Os números são divulgados pela Confidencial Imobiliário que, em comunicado, acrescenta ainda que foram 58 as nacionalidades dos investidores que compraram casas ou edifícios de habitação em Lisboa, com destaque para os franceses e os norte-americanos que geraram “cada um 10% do número de imóveis adquiridos por internacionais”. Seguem-se os britânicos, “com uma quota de 6%, chineses, com 5%, brasileiros e italianos (quotas de 3% cada)”.
Os dados da Confidencial Imobiliário têm em conta os imóveis localizados Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU), que abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações, e são baseados na análise dos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa.
Entre as várias zonas da capital, o interesse dos estrangeiros tem crescido em freguesias fora do centro histórico, sendo o caso das zonas de Benfica, Campolide, Alcântara, Areeiro e Alvalade, onde o número de vendas cresceu acima de 50% superando Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, com cerca de 80 operações cada (quotas de 10% do total de vendas).
Mas a quebra da venda de casas em Lisboa pelos estrangeiros é também acompanhada pela redução do investimento dos portugueses. De acordo com o relatório da Confidencial Imobiliário, no primeiro semestre do ano foram comprados pelos portugueses 1.630 imóveis residenciais que totalizam 673,1 milhões de volume de negócios, traduzindo quebras homólogas de 22% e 13%, respetivamente.
No total, até junho, na capital foram transacionados 3.150 imóveis residenciais no valor de 1.578 milhões. Os particulares adquiriram 76% dos imóveis e geraram 71% do montante investido. Entre estes, os estrangeiros geraram 24% compras em número de imóveis e 28% em capital. Os portugueses, asseguraram 52% do número de imóveis e 43% do montante. As restantes quotas (de 24% em imóveis e 29% em montante) são respeitantes a aquisições realizadas por empresas, para as quais não está segmentada a nacionalidade.
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