Montenegro promete pôr economia a crescer o dobro e pede a portugueses que não “beneficiem o infrator” nas eleições
Líder do PSD diz que eleições de março são "oportunidade" para os portugueses "tomarem uma posição", esperando que "não seja a de beneficiar o infrator", que "trouxe um ciclo de empobrecimento".
O líder do PSD, Luís Montenegro, antevê uma mudança de Governo e da política económica na sequência das eleições de março do próximo ano, prometendo que, consigo à frente de um novo Executivo, a economia irá crescer o dobro face à média dos últimos oito anos de governação socialista.
“As eleições vão ser um fator positivo. Como eu espero uma mudança de Governo e de política económica, isso vai ter um reflexo subsequente, que é o país poder perspetivar um nível de crescimento, no mínimo, o dobro daquele que tem sido a média dos últimos oito anos“, afirmou o líder social-democrata, na CNN Portugal International Summit.
E como vai colocar a economia nacional a crescer o dobro? Com uma nova capacidade para atrair “mais investimento e fazer desse investimento um espaço para conquistas de mercado”, respondeu Montenegro, acrescentando que isso se consegue através de uma política fiscal “mais amiga das pessoas e das empresas”.
No evento da CNN Portugal, que decorre na Alfândega do Porto, o presidente do PSD voltou a defender um IRS “mais baixo para os jovens a dez, quinze anos”, pois, segundo enumerou, precisam de “previsibilidade” para construir os seus projetos, iniciar a vida familiar ou comprar casa.
“Coligação negativa” entre PS e Chega?
Luís Montenegro apontou, por outro lado, que o PS e o Chega têm de esclarecer se se irão “coligar negativamente” para inviabilizar um eventual governo do PSD. “Nessa circunstância, o Governo só pode ver o seu programa rejeitado se o voto for em conluio político entre o PS e o Chega”, disse.
“Sou muito claro. Só serei primeiro-ministro se ganhar as eleições. Não farei coligação com o Chega, nem sustentação do governo por essa via – e respeitarei os portugueses se tiverem um entendimento contrário“, realçou ainda o líder social-democrata, questionando se “os outros putativos candidatos a primeiro-ministro governam se não ganharem as eleições”. “Era bom saber”, acrescentou.
Já à saída, em declarações aos jornalistas, Montenegro considerou que o dia 10 de março, para o qual estão agendadas as eleições legislativas antecipadas, é uma “oportunidade onde os portugueses podem tomar uma posição“. “Espero, sinceramente, que essa posição não seja a de beneficiar o infrator, aquele que nos trouxe um ciclo de empobrecimento que hoje é cada vez mais visível no dia-a-dia dos portugueses”, atirou.
(Notícia atualizada às 18h34)
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