Costa promete “deixar tudo preparado” para sucessão rápida no Governo. “País tem de continuar a funcionar”
"Até ao último dia devemos cumprir integralmente as nossas funções", frisa o primeiro-ministro. Concurso da linha de alta velocidade ferroviária é "a prioridade das prioridades ".
O primeiro-ministro assegurou esta quarta-feira, no Porto, que vai “deixar tudo preparado para que quem suceda o possa fazer no mais curto espaço de tempo“. Entre os dossiês prioritários, António Costa elencou a localização do novo aeroporto de Lisboa ou a a aprovação de “medidas preventivas” para consolidar o traçado da linha de alta velocidade ferroviária, que destacou como “a prioridade das prioridades “.
No início de mais uma edição do Governo +Próximo, o governante frisou que “mesmo com os constrangimentos constitucionais” que terá a partir de sexta-feira, quando passará a governo de gestão depois de ser demitido por Marcelo, “o país tem de continuar a funcionar”. “É preciso assegurar continuidade e isso é indiscutível quanto aos programas de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), quanto aos outros planos do Portugal 2030 e quanto à gestão do dia-a-dia”, acrescentou.
"Desde que não haja oposição por parte do líder do principal partido da oposição e do futuro líder do atual partido no Governo, em janeiro teremos as condições técnicas para lançar o concurso para desenvolver a linha de alta velocidade.”
“Mas é também dever deste Governo, mesmo para as matérias em que não possa decidir, deixar tudo preparado para quem nos suceda o possa fazer no mais curto espaço de tempo”, realçou. Por isso, António Costa promete levar “até ao fim a discussão pública do relatório” sobre a localização do novo aeroporto na região da capital, que foi apresentado na terça-feira.
“Desde que não haja oposição por parte do líder do principal partido da oposição e do futuro líder do atual partido no Governo, em janeiro teremos as condições técnicas para lançar o concurso para desenvolver esta linha de alta velocidade, cuja decisão final será já decidida pelo próximo Governo”, insistiu, falando numa “obra de grande importância” para o país ganhar competitividade externa.
Na abertura da sessão realizada na Câmara do Porto, Rui Moreira considerou que “perante as dificuldades atuais e as que se avizinham, o Governo tem a obrigação acrescida de garantir que o Estado continua a cumprir escrupulosamente os seus compromissos”. Entre eles, elencou, a execução do PRR, “cujos projetos de investimento têm prazos curtos para serem concretizados”, sublinhou.
O autarca portuense reclamou mesmo que “o país não pode dar-se ao luxo de parar até às próximas eleições”, pedindo “foco” na chamada bazuca europeia, que descreveu como um plano “fundamental não só para a recuperação económica e social no pós-pandemia, mas também para a transformação do país a partir de um modelo de desenvolvimento mais inteligente, digital, inclusivo e sustentável”.
Por tudo isto, concluiu Moreira, “o fim prematuro da legislatura não deve servir de pretexto para protelar decisões e projetos”. Tal como António Costa, o autarca portuense elencou a Alta Velocidade como um “investimento inadiável” na medida em que é “um projeto estrutural para o país e cuja rápida execução é do maior interesse para o Porto e para a região Norte”.
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