Carlos César apoia Pedro Nuno Santos: “É um líder distintivo e não um apêndice”

Carlos César defende que Pedro Nuno Santos "foi uma presença ativa e influente constante" e é o candidato que "esteve e está mais perto da interpretação autêntica" do "percurso liderado" por Costa.

Carlos César manifestou publicamente esta quinta-feira o seu apoio à candidatura de Pedro Nuno Santos a secretário-geral do PS. O presidente dos socialistas defende que o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação “foi uma presença ativa e influente constante” e é o candidato que “esteve e está mais perto da interpretação autêntica” do “percurso liderado por António Costa”. “É um líder distintivo e não um apêndice”, justifica numa publicação na rede social Facebook.

Começando por recordar o facto de ter sido um dos primeiros apoiantes “da primeira candidatura de António Costa à liderança do PS”, Carlos César torna “agora, público o [seu] apoio a Pedro Nuno Santos”, explicando que não o fez antes por temer que as suas atuais funções no PS pudessem “conflituar” com algum “procedimento preparatório” das eleições internas do partido, que se irão disputar entre 15 e 16 de dezembro. Além de Pedro Nuno Santos, também o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o dirigente socialista Daniel Adrião, concorrem a secretário-geral do PS.

O ex-presidente do Governo Regional dos Açores considera que Pedro Nuno Santos foi, “aliás”, “uma presença ativa e influente constante” no percurso feito por António Costa. ” (…) Pode dizer-se que é o que esteve e está mais perto da interpretação autêntica desse percurso liderado por António Costa”, defende. Além disso, considera que o antigo ministro “é um líder distintivo e não um apêndice”, tendo estado “sempre exposto à crítica e ao elogio”.

“Com ele, poderemos prosseguir o melhor do trabalho realizado pelos governos de António Costa, mas, saudavelmente, mudando no que há a mudar e inovando no que há a inovar. Com ele, o PS continuará a ser um partido central na sociedade portuguesa, mas reforçado no seu projeto multigeracional”, sustenta Carlos César.

 

Por outro lado, Carlos César realça ainda “as competências e a maturidade” que a “militância cívica” e os cargos executivos “proporcionaram” a Pedro Nuno Santos “com a sua capacidade de liderança e mobilização do PS”. “Precisamos, igualmente, de um partido que não se esconda do lugar na esquerda que é seu, afirmando-se como partido dialogante, mas liderante, como um porto de abrigo da confiança dos portugueses nas suas instituições democráticas”, continua.

Além disso, e apesar de sublinhar a “camaradagem e amizade sincera” que tem por José Luís Carneiro não poupa nas críticas ao atual ministro, referindo que lamenta que esteja a ser sitiado pela euforia apologética da maioria do comentariado e dos dirigentes da direita portuguesa“. “Não creio que o quisesse, tanto mais que nenhum desses novos lisonjeadores o quererá, depois, como primeiro-ministro”, avisa.

Por fim, o presidente dos socialistas lembra que o PS “não se confronta com o atual PSD” dado que os dois partidos abrem “portas a caminhos diferentes que não são sobreponíveis no tempo e no País em que hoje vivemos e na dimensão democrática que hoje importa recriar e assegurar” e deixa críticas também aos sociais-democratas.

“O PSD que temos é dos piores e mais cínicos PSD que já tivemos. O PS não pode, por isso, se dissolver no centro ou contemporizar com a direita, nem se confundir à sua esquerda falhando a história dos seus compromissos ideológicos, éticos e internacionais, compromissos que, apesar de tudo, foram sempre salvaguardados na experiência de governo que fizemos na Legislatura iniciada em 2015″, aponta. “Pedro Nuno é, nestas dimensões, quem oferece melhores garantias”, remata.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h46)

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