Exclusivo Impact Hub abre novo espaço em Lisboa para receber startups clean tech
Novo espaço vai acolher startups que atuam na área de clean tech, tendo ainda um espaço de coworking com capacidade para 160 pessoas. Implicou um investimento de 200 mil euros.
Já foi uma tipografia industrial, uma igreja evangélica e, a partir de dezembro, dá lugar ao segundo Impact Hub Lisbon, na Penha de França. O edifício vai acolher startups que atuam na área de clean tech, tendo ainda um espaço de coworking com capacidade para 160 pessoas. O novo hub implicou um investimento de 200 mil euros.
“Este novo espaço na Penha de França é a cara de uma nova Lisboa empreendedora: onde as startups conciliam escalabilidade com impacto, num ambiente voltado a colaboração e a criatividade, e que junta a comunidade internacional com as pessoas locais”, afirma Francesco Rocca, managing director do Impact Hub Lisbon, em declarações ao ECO.
Com 1.200 metros quadrados — divididos em dois andares, três terraços com vista para a cidade e com um café aberto ao público no piso superior — o novo Impact Hub Lisbon junta-se ao primeiro instalado na Baixa de Lisboa que, neste momento, acolhe 80 empreendedores.
“Desde a Covid, muito dos nossos programas começaram por terem uma forte componente online. Isso permitiu-nos chegar a todo o país e até colaborar com outros países e continentes”, explica Francesco Rocca. “Neste momento, apoiamos mais de 500 empreendedores por ano, muitos deles ainda estão numa fase inicial. Por isso dizemos que a nossa missão está em ‘democratizar o empreendedorismo'”, refere.
Espaço de coworking e startups clean tech
O novo hub aumenta a capacidade de resposta ao nível de coworking. “Depois da Covid, mais empresas procuram espaços flexíveis que permitem acompanhar o seu crescimento e com a procura de coworking a crescer decidimos apostar num espaço adicional numa zona com forte crescimento em Lisboa, a Penha de França. Vamos ser vizinhos de outros projetos incríveis do bairro, como o Café Tati, o restaurante Food Riders, a Tasca Pete e obviamente a Escola 42″, justifica Francesco Rocca.
O espaço para coworking duplica a atual oferta do hub na Baixa. “Vamos expandir o espaço de coworking e eventos: continuamos com o espaço na Baixa que acolhe cerca de 80 membros e o novo espaço na Penha vai permitir aumentar para mais 160 novos membros“, adianta. “Também teremos foco maior em eventos, com salas colaborativas para workshops e uma grande sala central para eventos de até 100 pessoas”, acrescenta.
O hub da Penha de França tem capacidade para receber startups maiores. “Os escritórios têm capacidade para equipas de dez, 25 e 40 pessoas e complementam as instalações da Baixa que estão mais focadas em equipas pequenas (entre quatro e dez pessoas)”, diz.
Ao todo, o novo espaço, com capacidade para 110 pessoas nos escritórios privativos e 50 membros do coworking, tem uma grande sala central de flex desks e zonas de lounge. “Desenhamos o espaço para trabalho colaborativos e cantos de foco, com muitas salas de reunião e phone booths“, diz.
“O edifício tem uma arquitetura icónica no bairro, porque é um dos poucos edifícios industriais num bairro residencial. Já foi uma tipografia industrial, uma igreja evangélica e agora um cowork. Com mais de seis metros de pé direito e grandes janelas, todas as salas tem imensa luz natural e vista de 180 graus sobre a cidade. Partilhamos o edifício com a Escola 42, um outro projeto com uma forte componente de impacto na área da educação”, destaca Francesco Rocca.
O edifício tinha sido renovado em 2021 pela Collective Haus, por isso, as obras estruturais estavam feitas. “Investimos 200 mil euros no fit out para poder dividir o grande open space em escritórios privativos e decidimos apostar em mobiliário de alta qualidade com standing desks e cadeiras ergonómicas Herman Miller, juntas com decoração de design industrial dos anos 60 que traz de volta a história do edifício”, revela o responsável.
Ao nível de startups o Impact Hub tem um público-alvo específico. “Para os escritórios, procuramos startups na área de cleantech, que possam juntar o potencial de impacto com a escalabilidade da tecnologia”. Já para o coworking, “os membros acabam sendo residentes do bairro da Penha de França, e graças ao facto de termos duas localizações, a comunidade terá a oportunidade de escolher trabalhar entre os dois espaços”, aponta o managing director do Impact Hub Lisbon.
Um novo hub na área de impacto na cidade que já recebe outros como o Impact Hub ou a Casa de Impacto da Santa Casa de Misericórdia. O que acrescenta ao ecossistema de empreendedorismo?
“Na nossa visão, quantos mais projetos como o nosso e a Casa de Impacto tivermos, melhor. Ainda há muito para trabalhar no setor e o empreendedorismo de impacto e especialmente em desmistificar o facto de estes projetos serem startups com modelos de negócios rentáveis e não associações ou IPSS”, defende.
“Acreditamos que o nosso ponto de força esteja na comunidade internacional que a rede global do Impact Hub proporciona, neste momento estamos em mais de 110 cidades no mundo, e a nível de programas decidimos ter um foco nas áreas de economia circular e diversidade & inclusão”, diz.
Conheça o espaço
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