Depois do Beato, fábrica de unicórnios aposta em novos hubs de inovação

Hub de Well Tech e de Gaming no Saldanha e de Web 3 em Alvalade são algumas das apostas da fábrica de unicórnios, projeto que arrancou há um ano.

Depois do Beato, a fábrica dos unicórnios está a trabalhar em novos distritos de inovação assentes em verticais temáticos na cidade de Lisboa. Saldanha e Alvalade deverão ser as novas zonas a acolher verticais de well tech, gaming e web3. Para já, está em curso o apoio ao desenvolvimento de comunidades de inovação em áreas como AI, gaming, blue tech, fintech, sustainability, foodtech e XR.

O primeiro grande distrito de inovação é o Beato que tem aqui a primeira fase. Estamos a expandir para outras zonas. O hub de gaming está neste momento numa fase de soft launch e será lançado em breve, localizado na zona do Saldanha, onde há poucas semanas foi inaugurado o centro de inovação do Técnico, e onde está também a Fintech House. A zona do Saldanha pode transformar-se num centro de inovação”, adianta Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, em declarações ao ECO, à margem da conferência de balanço de um ano da fábrica de unicórnios, esta terça-feira na Web Summit.

“Há outras áreas, outros verticais onde temos vindo a trabalhar e que onde estamos a assinar acordos de colaboração com parceiros privados para desenvolver esses verticais. Alguns tornar-se-ão hubs, se ganharem escala suficiente, outros irão criar uma comunidade forte, que pode não ter um espaço físico associado, mas onde teremos uma rede de parceiros para desenvolver esse vertical através de programas de aceleração, de incubação, sessões de inovação aberta etc.”, continua.

“O objetivo é criar verticais fortes, alguns deles ganharão escala suficiente para se tornarem hubs outros ficarão numa lógica de comunidade e colaboração”, refere o responsável.

Gamingem parceria com a norte-americana Fortis, tal como noticiou em julho o ECO – no Saldanha é o primeiro hub a avançar e, para o primeiro trimestre de 2024 espera-se a abertura do well tech instalado no Técnico Innovation Center, no Arco do Cego.

Gil Azevedo não avança possíveis novos hubs, mas das nove áreas elencadas para a criação de comunidades temáticas admite que a de IA – “área que acredito que possa ganhar escala” – e a de web3 – “onde temos muito talento em Portugal” – talvez sejam os próximos hubs/verticais a nascer.

Será Alvalade o próximo distrito para um hub web3? “Alvalade já é um pouco o centro. Está lá Poolside e a Cv Labs com espaços para startups nesta área. De certa forma já o é, se vai ser no futuro ou não…”, reage o responsável, admitindo, no entanto, que a Poolside e a CvLabs “são dois dos parceiros com os quais temos vindo a desenvolver esforços conjuntos. E mais alguns.” Quais não revela.

80 delegações internacionais visitaram Lisboa

Esta é a segunda fase da fábrica de unicórnios, projeto que arrancou há cerca de um ano com o lançamento de programas de Soft Launch e de Scaling Up.

Com três edições, o programa Scaling Up recebeu mais de 100 candidaturas e juntou fundadores de scaleups a empresas corporativas em mais de 200 horas de mentoria e formação. O programa agrega 24 scaleups que receberam mais de 150 milhões de euros de investimento.

Gil Azevedo partilhou ainda os resultados da primeira edição do Scaling Up. Segundo o responsável, depois dos oito meses do programa as empresas registaram um aumento de 40% no financiamento e de 14% dos postos de trabalho gerados, empregando, as oito scaleups finalistas, mais de 340 pessoas.

As scaleups internacionais participantes – a ORNA e a HolyWally – expandiram operações para Portugal, tendo a HolyWally fechado ainda uma parceria com a Universidade Nova IMS.

A Bairro, outra das scaleups participantes no programa, está a fechar uma parceria com a Delta Cafés e os CTT; a Sensei, a primeira a integrar a primeira edição, fechou uma parceria com o grupo Brisa, e a Automaise com a Sonae.

Ao nível do programa de Soft Landing, mais de 80 visitas de delegações, de mais de 25 nacionalidades, visitaram o país, tendo, nos últimos 12-18 meses, cerca de 54 empresas tecnológicas optado por se instalar algum tipo de operação em Portugal, das quais 12 unicórnios.

Este ano a Startup Lisboa, que tinha como objetivo incubar 80 novas startups num ano, duplicando assim o número de projetos incubados historicamente por ano, incubou mais de 120, o triplo de projetos apoiados só em 2023, destacou ainda o também diretor executivo da Startup Lisboa.

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