Bird avança com pedido de recuperação judicial nos EUA. Trotinetes em Lisboa e Porto vão “continuar a operar normalmente”
Bird indica que operações no Canadá e Europa, incluindo cidades portuguesas como Lisboa e Porto, não estão incluídas neste pedido de proteção contra credores e irão “continuar a operar normalmente”.
A empresa de aluguer de trotinetes Bird avançou com um pedido de proteção contra credores ao abrigo do Capítulo 11 do Código de Falências nos EUA, segundo anunciou esta quarta-feira.
A Bird confirmou que entrou “num processo de reestruturação financeira visando reforçar o seu balanço”, mantendo-se a operar normalmente com o objetivo de crescer de forma “sustentável e a longo prazo”.
Com base em Miami, a Bird tem ativos e passivos entre os 100 milhões de dólares e os 500 milhões de dólares, de acordo com o processo que deu entrada nos tribunais da Florida. O pedido protege a empresa dos credores que quiserem avançar para tribunal para executar as dívidas.
Presente em 350 cidades em todo o mundo, incluindo em Lisboa, Porto e outras cidades portuguesas, a Bird adianta que as operações no Canadá e na Europa não estão incluídas neste pedido de proteção contra credores e irão “continuar a operar normalmente”.
No âmbito do processo de recuperação judicial, a Bird irá receber um financiamento DIP (devedor em posse) de 25 milhões de dólares do fundo Apollo e outros investidores.
A Bird foi fundada em 2017 pelo antigo executivo da Uber Travis VanderZanden. O modelo de aluguer de trotinetes através da aplicação de telemóvel foi amplamente replicada pela concorrência e tornou a Bird numa das start-ups mais rápidas a atingir a avaliação dos mil milhões de dólares.
Entretanto, as ações da Bird tombaram este ano perante a quebra na atividade e, em setembro, a NYSE deu início ao processo de retirada da empresa da bolsa depois de a sua capitalização bolsista ter permanecido abaixo dos 15 milhões de dólares durante 30 dias seguidos.
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