NYSE inicia retirada da Farfetch da bolsa de Nova Iorque
Na sequência do resgate dos sul-coreanos da Coupang, a Farfetch está de saída da bolsa de Nova Iorque, onde se estreou há cinco anos.
A NYSE, a bolsa de Nova Iorque, já anunciou que vai dar início aos procedimentos para retirar as ações da Farfetch da negociação do mercado, depois de ter sido resgatada na segunda-feira pelo grupo sul-coreano Coupang.
“A NYSE irá submeter o Formulário 2-NSE junto da Securities and Exchange Commission, que, após entrar em vigor, removerá os valores mobiliários da empresa da negociação em bolsa e do registo na NYSE”, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, indicando que a Farfetch “não pretende recorrer” da decisão.
A Farfecth estreou-se na bolsa nova-iorquina a 21 de setembro de 2018, com cada título a valer 27 dólares. Cinco anos depois, está de saída após ter fechado a venda dos ativos e do negócio ao grupo de e-commerce sul-coreano Coupang, com quem celebrou um empréstimo-ponte de 500 milhões de dólares.
O acordo de venda implicará a perda total do investimento dos acionistas titulares das ações de Classe A e B quando se concretizar, anunciou a empresa liderada por José Neves esta semana.
As dúvidas em torno do primeiro unicórnio de ADN português intensificaram-se no último mês, depois de ter adiado a apresentação dos resultados do terceiro trimestre. No primeiro semestre acumulou prejuízos de mais de 450 milhões de dólares. Nos cinco anos em que esteve cotado na bolsa somou resultados negativos de 2,5 mil milhões.
No seu auge, a Farfetch chegou a valer mais de 23 mil milhões de dólares. Foi em fevereiro de 2021, quando cada ação passou a custar mais de 73 dólares, com a explosão do comércio online de luxo durante a pandemia. Sem negociar há duas sessões, a última transação no mercado foi feita por 0,6428 dólares por título na passada sexta-feira.
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