Patrões do comércio e serviços apelam a “contrato social” entre PS e PSD

CCP defende "contrato social" entre partidos do arco da governação para viabilizar reformas nos setores-chave. Defende que mudanças estruturais exigem ultrapassar as divergências partidárias.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defende que os principais partidos do chamado arco da governação devem celebrar um “contrato social” que viabilize as reformas estruturais necessárias nos principais setores do país. Conforme escreveu o ECO, também a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer que PS e PSD assinem um acordo em torno de objetivos estratégicos para o país.

“Várias das recomendações do estudo realizado [por Augusto Mateus para a CCP], como por exemplo o caminho a seguir para reposicionar Portugal nas cadeias de valor globais, ou o alinhamento do nível efetivo de tributação dos lucros das empresas com a média europeia, passam por reformas estruturais que necessitam de uma visão nacional que vá para além das divergências partidárias e dos ciclos eleitorais“, sublinha João Vieira Lopes, presidente da confederação que representa os empresários do comércio e serviços, citado num comunicado.

Vieira Lopes foi recebido recentemente pelo Presidente da República para dar a conhecer a Marcelo Rebelo de Sousa esse mesmo estudo, garantindo que aproveitou para transmitir ao Chefe de Estado a importância dessa visão mais ampla, que ultrapasse a luta partidária. “Iremos também reforçar [a posição] junto dos diferentes partidos políticos”, acrescenta o responsável.

A CIP, outra confederação patronal com assento na Concertação Social, também já deixou um apelo semelhante. Numa entrevista ao ECO — que será publicada na íntegra na segunda edição do ECO Magazine — o presidente, Armindo Monteiro, defendeu que PS e PSD devem assinar um “acordo com visibilidade” antes das eleições em torno de objetivos estratégicos.

Quanto ao referido estudo da CCP, este conclui que “a tão desejada promoção da competitividade exige a viabilização de uma viragem na condução da política económica“. Mas, para que tal aconteça, “é preciso alterar os fatores chave de competitividade, proceder ao reequilíbrio entre a economia financeira e a economia real na formulação da nossa política económica e deixar de olhar para o crescimento sob a ótica da exportação e passar a fazê-lo na ótica da internacionalização”.

“Este documento, que pretende inspirar ‘agendas de ação’ ao nível da estratégia empresarial e das políticas públicas, macro e microeconómicas, irá também ser disponibilizado pela CCP aos diferentes partidos políticos com representação parlamentar, no contexto dos programas políticos para as próximas eleições legislativas agendadas para 10 de março”, remata a confederação.

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