Londres pressionada a simplificar regulamentação de seguradoras cativas
O CEO da Marsh McLennan do Reino Unido acredita que a regulamentação "está a impedir o Reino Unido de se tornar uma localização viável para seguradoras cativas".
Alguns representantes do setor segurador e ressegurador do Reino Unido, como o CEO da Marsh McLennan e o London Market Group, apelaram aos ministros para simplificarem ou reduzirem a regulamentação para as seguradoras cativas. De acordo com o Finantial Times, prevê-se que tal poderá atrair capital para Londres e reduzir a lacuna no mercado de seguros especializados.
Por seguradoras cativas entende-se empresas criadas principalmente por grandes companhias, com apoio de seguradoras institucionalizadas, para cobrir os seus riscos. De acordo com o jornal, verifica-se um crescente interesse nestas empresas devido ao aumento do preço dos prémios.
Diversos dirigentes do setor segurador defendem que o novo regime deve ser competitivo no mercado internacional para ter sucesso. Consideram que os requisitos regulamentares e de capital das cativas deverão ser mais simples do que se uma companhia de seguros autónoma.
Se aplicada a simplificação da regulação, o estudo encomendado pelo London Market Group prevê a entrada de 700 seguradoras offshores para jurisdições como Guernsey e Bermudas (a primeira ilha com fortes ligações comerciais com a Grã-Bretanha e o segundo um território autónomo da Commonwealth britânica) ou até serem criadas no Reino Unido. Caroline Wagstaff, diretora-executiva London Market Group, lista vários vantagens, nomeadamente, a criação de 153 milhões de libras pelas empresas; a longo prazo, o preenchimento da lacuna no mercado de seguros especializados e, as empresas nacionais passariam a reunir-se em Inglaterra e não no estrangeiro onde as empresas cativas estavam sediadas (porque é obrigatório as reuniões serem realizadas nos países onde estão localizadas as cativas).
Ainda com condições favoráveis, a diretora-executiva da London Market Group alerta que não está garantida a ida das empresas para território britânico.
O debate acerca das cativas reacende com o início de 2024 porque está previsto o executivo britânico realizar uma consulta técnica em meados deste ano para elaborar “um novo quatro para incentivar a criação e o crescimento de companhias de seguros cativas no Reino Unido”, cita o jornal britânico. O governo afirma que visa avaliar as propostas para criar “um novo regime para as seguradoras cativas mais atrativo e competitivo que trabalha a favor dos negócios”.
Pois, até agora, de acordo com Chris Lay, diretor-executivo do Marsh McLennan do Reino Unido, a regulamentação britânica “está a impedir o Reino Unido de se tornar uma localização viável para seguradoras cativas”.
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