Medina tem lugar na comissão política e vai colaborar no programa eleitoral do PS
Por indicação do candidato derrotado, José Luís Carneiro, o ministro das Finanças vai para a comissão política assim como Mariana Vieira da Silva e Eurico Brilhante Dias.
O arauto das “contas certas”, Fernando Medina, atual ministro das Finanças, vai colaborar no programa eleitoral com que o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos se vai apresentar às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, sabe o ECO. O governante também vai integrar, por indicação do candidato derrotado, José Luís Carneiro, a comissão política do partido, órgão responsável pela aprovação das listas de deputados.
Usando a sua quota de 35% nos órgãos de direção do PS, José Luís Carneiro vai indicar ainda para a comissão política a atual ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, a vice-presidente da bancada, Maria Antónia de Almeida Santos, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, a deputada e antiga secretária de Estado Adjunta da Saúde, Jamila Madeira, o eurodeputado, Carlos Zorrinho, o secretário de Estado da Presidência e coordenador da moção de Carneiro, André Moz Caldas, o secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Rui Solheiro, a antiga ministra da Saúde e para a Igualdade, Maria de Belém Roseira, a presidente da Câmara da Ponta do Sol, da região autónoma da Madeira, Célia Pessegueiro e as deputadas Maria da Luz Rosinha, Susana Amador.
O conteúdo programático de Pedro Nuno Santos para as eleições legislativas de 10 de março também será articulado com a equipa de Carneiro. Esse trabalho será realizado a quatro mãos, pela deputada Alexandra Leitão, que coordenou a moção de Pedro Nuno Santos, e pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, que coordenou a moção de estratégia global de José Luís Carneiro.
Na elaboração do programa eleitoral, a equipa de Carneiro vai contar com a participação direta de de nomes como Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, José Leitão, Vasco Franco e Luís Capoulas Santos.
O congresso do PS, que decorre entre sexta-feira e domingo, na FIL, em Lisboa, ainda não vai eleger a comissão política nacional, mas apenas a comissão nacional – que depois terá de aprovar a lista para aquele órgão sob proposta do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.
No conclave que irá consagrar Pedro Nuno como o novo líder do PS, sucedendo assim a António Costa, será André Moz Caldas, atual secretário de Estado da Presidência e coordenador da moção estratégica global de Carneiro, que irá subir ao púlpito para apresentar o documento.
Através de um acordo firmado entre Pedro Nuno e Carneiro para a elaboração das listas para os órgãos nacionais, o adversário derrotado e ainda ministro da Administração Interna terá direito a uma quota de 35% na comissão nacional e também na comissão política, que será eleita mais tarde e que terá a responsabilidade de aprovar as listas de deputados a apresentar às eleições legislativas antecipadas.
Assim, e tendo em conta que a comissão nacional tem 251 elementos efetivos, Pedro Nuno Santos ficará com 163 membros e José Luís Carneiro terá direito a cerca de 88 lugares. Na comissão política, composta por 80 cadeiras, o líder do PS vai escolher 52 elementos e o ministro os restantes 28.
Assis lidera a lista para a comissão nacional
Entretanto, esta quinta-feira, fonte oficial do secretário-geral do PS revelou que o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, que apoiou Pedro Nuno Santos na campanha eleitoral interna, vai encabeçar a lista à comissão nacional, por indicação do novo líder socialista.
No domingo, será eleita a comissão nacional, que daqui por uma semana ou 15 dias terá de eleger a comissão política. No atual contexto de crise política e de eleições antecipadas, este último órgão ganha maior preponderância, porque é responsável por aprovar as listas de deputados que têm de ser entregues até 29 de janeiro.
Costa, Santos Silva e Alegre subscrevem candidatura única de Carlos César para presidente do PS
A candidatura única de Carlos César para presidente do PS é subscrita pelo primeiro-ministro cessante, António Costa, pelo conselheiro de Estado Manuel Alegre e pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, avança esta sexta-feira a agência Lusa.
Encabeçada pelo novo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, e também assinada pelo candidato derrotado à liderança deste partido, José Luís Carneiro, a proposta de recondução de Carlos César nas funções de presidente do PS será votada pelos cerca de 1.600 congressistas a partir da tarde sexta-feira, até às 10h de sábado – o segundo de três dias do 24.º congresso.
Entre os apoiantes da recandidatura do presidente do Governo regional dos Açores entre 1996 e 2012, estão o secretário-geral adjunto, João Torres, o antigo comissário europeu António Vitorino, a sua antecessora na presidência do PS, Maria de Belém, e o líder da Federação da Área Urbana de Lisboa, Duarte Cordeiro.
Fazem parte também desta lista de subscritores, à qual a agência Lusa teve acesso, o fundador do PS Arons de Carvalho, o antigo dirigente e ministro Alberto Martins, e a presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro.
Do Governo de António Costa, entre outros membros, subscreveram os ministros Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Fernando Medina. De destacar, também, as presenças nessa lista do presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, e do antigo presidente da Câmara de Lisboa João Soares.
Carlos César é ainda apoiado pelo seu sucessor na presidência do Governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, que se candidata novamente a esse cargo nas eleições regionais de fevereiro, e pelo eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira.
O presidente do PS eleito fará o discurso de fundo perante o congresso na manhã de sábado, antes da apresentação das três moções de orientação política concorrentes: de Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião.
(Notícia atualizada às 14h34 com mais nomes indicados por José Luís Carneiro para a comissão política nacional do PS)
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