Crédito concedido às famílias portuguesas sobe 7,6% em novembro para valor mais elevado em 16 anos

Os bancos emprestaram às famílias 2.725 milhões de euros durante o mês de novembro. É o valor mais elevado desde outubro de 2007 e o sétimo registo mensal mais elevado de sempre.

A banca continua a abrir os cordões à bolsa para emprestar dinheiro às famílias. Só em novembro, os bancos emprestaram 2.725 milhões de euros aos particulares, mais 7,6% face a outubro e 46% face a novembro do ano passado, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

O montante de crédito concedido em novembro do ano passado às famílias é o valor mais elevado dos últimos 16 anos. É preciso recuar até outubro de 2007 para encontrar um valor mais elevado — e está a menos de 12% do valor histórico de 3.086 milhões de euros alcançados em dezembro de 2004.

A sustentar esta forte subida está a concessão dos novos créditos à habitação, que em novembro voltou a registar a sétima subida mensal consecutiva, contabilizando um aumento de 8,51% face a outubro para 2.040 milhões de euros, o valor mais elevado desde, pelo menos, janeiro de 2003 (início da série do Banco de Portugal), e que se traduziu numa variação homóloga de 60%.

O Banco de Portugal revela ainda que a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação foi de 4,24% em novembro (4,23% em outubro), sublinhando que “esta taxa tem-se mantido relativamente estável desde junho e tem vindo a convergir com a média da área do euro (4,05% em novembro).”

Por outro lado, a entidade liderada por Mário Centeno revela que “as taxas de juro médias dos novos empréstimos para consumo e outros fins diminuíram 0,13 pontos percentuais e 0,04 pontos percentuais, respetivamente, para 9,06% e 5,29%.”

Os dados do regulador do setor apontam também para uma contínua preferência das famílias pela contratualização do crédito à habitação com taxa mista (isto é, empréstimos com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável), que tem ganhado relevância desde abril do ano passado.

Segundo o Banco de Portugal, em novembro, os contratos de crédito à habitação celebrados com taxa mista representaram 66% do montante de novos empréstimos para a compra de casa, que compara com apenas 13% um ano antes.

Com um comportamento inverso tem estado a contratualização dos créditos para a compra de casa com taxa variável, que representaram em novembro apenas 28,5% do montante dos novos empréstimos, fixando-se assim na percentagem mais baixa desde dezembro de 2021 (início da série do Banco de Portugal).

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