CP justifica atrasos nos comboios com “causas externas”. Passageiros aumentaram 17% em 2023
CP reconhece problemas, mas atribui-os a greves, incidentes e obras da Infraestruturas de Portugal. Garante ainda que reforçou a oferta, falando num aumento de 18% no número de comboios em circulação.
A CP admite um agravamento dos atrasos e regularidade, mas garante que não se devem a uma redução da disponibilidade de comboios, que cresceu 18% desde 2019. A empresa atribui os problemas a “causas externas”, como greves, acidentes, intempéries e obras nas linhas a cargo da Infraestruturas de Portugal.
“É verdade que, nos últimos anos, registaram-se algumas alterações nos índices de pontualidade e regularidade“, reconhece a a empresa num comunicado divulgado esta segunda-feira. A empresa de transportes diz, no entanto, que “a maioria destas questões deve-se a causas externas à operação dos comboios”.
Que causas são essas? Segundo a CP, 90,4% das supressões no ano passado deveram-se a greves, “enquanto as restantes resultaram de acidentes, incidentes com passageiros e intempéries”. As avarias no material circulante justificaram ainda 2,5% das supressões.
Os atrasos são, “na sua grande maioria”, “consequência de obras de modernização nas vias-férreas, a cargo do gestor da infraestrutura que, apesar de temporariamente impactantes, são essenciais para a melhoria contínua da rede ferroviária”.
No mesmo comunicado, a transportadora responde a “várias notícias que questionaram a qualidade do serviço prestado pela CP – Comboios de Portugal, especialmente desde o ano de 2019″, referindo uma diminuição no número de comboios em circulação”. O que refuta, com números.
Afirma que no final do terceiro trimestre de 2023 tinha uma frota ativa de 244 automotoras, 44 locomotivas e 154 carruagens, mais 18% do que em 2019. Dá ainda conta de um aumento significativo de passageiros. A CP estima ter transportado 172,6 milhões de passageiros no ano passado, mais 16,5% do que em 2022, apesar das greves e constrangimentos. Face aos 1441,8 milhões de 2019, o crescimento é de 19,2%.
“Com isto, não pretendemos desculpar-nos, mas sim clarificar a situação atual. Reconhecemos que ainda há desafios a serem superados e aspiramos a um serviço ainda mais eficiente”, refere o comunicado, em que se compromete a “trabalhar arduamente para melhorar todos os aspetos do seu serviço”.
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