EUA mantém-se o principal parceiro de investimento estrangeiro na UE em 2022
EUA, Alemanha e França destacam-se enquanto origem final dos investimentos estrangeiros na União Europeia, segundo o Eurostat.
Os Estados Unidos continuam a ser os maiores investidores estrangeiros da União Europeia, quando se tem em conta a origem final do dinheiro, segundo os dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira. O país investiu 435 mil milhões de euros nos países do bloco europeu para os quais há dados disponíveis, ao longo de 2022.
Nesse ano, para os 11 países da UE que reportam posições de entrada de investimento direto estrangeiro (IDE) por economia investidora final, “o valor total ascendeu a 3,24 biliões de euros”, revela o gabinete de estatísticas europeu. Estes dados consideram como economia investidora final o país onde se encontra a verdadeira origem do investimento.
A seguir aos EUA, foi a Alemanha que contabilizou mais investimento estrangeiro nestes países, com 342 mil milhões de euros em 2022. O top fica completo com França e Reino Unido, ambos correspondendo a cerca de 9% do valor total por economia investidora final.
Estes dados permitem uma leitura mais real do investimento, já que existem grupos com estruturas complexas, nomeadamente multinacionais, que podem não mostrar de onde realmente origina o investimento. Mas nem todos os países têm já disponíveis estes dados para o ano de 2022, como é o caso de Portugal.
O Eurostat divulga também dados pela economia investidora “imediata”, ou seja, sem fazer esta identificação da origem real do investimento, contabilizando apenas a contraparte imediata. Nesta ótica, é o Luxemburgo que se destaca, com 572 mil milhões de euros, o que se traduz em 17,6% do total por economia investidora.
Seguem-se os Países Baixos, com um investimento de 455 mil milhões de euros em 2022, correspondendo a 14% do investimento imediato total. Existem várias empresas com sede neste país, apesar da sua origem não ser holandesa, o que pode ajudar a explicar estes dados.
Neste destaque estatístico dá-se ainda nota para a Rússia, cujos investimentos diretos estrangeiros (por investidor final) caíram 2% em 2022, ano marcado pela invasão da Ucrânia — que colocou tensão nas relações do país com o bloco comunitário. Já se forem tidos em conta os dados de investimento imediato, a queda foi de 25% face a 2021.
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