Investimento puxa pela economia, mas portugueses estão a consumir menos
Construção e serviços desaceleraram, enquanto atividade na indústria diminuiu em novembro. Já o investimento acelerou e impulsionou a atividade económica.
A atividade económica aumentou entre setembro e novembro, com o investimento a impulsionar. Por outro lado, o consumo privado desacelerou, segundo mostram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Já o clima económico também subiu em dezembro, ainda que se tenha verificado uma desaceleração nos serviços e uma queda na indústria.
“O indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, aumentou entre setembro e novembro, de forma mais intensa no último mês, após ter diminuído em termos homólogos em agosto”, indica o INE. Se virmos na perspetiva da produção, verificou-se uma desaceleração em volume da construção e em termos nominais dos serviços e diminuições na indústria.
Já na despesa, “os indicadores quantitativos de síntese de atividade económica e de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aceleraram em novembro de 2023, tendo o indicador de consumo privado desacelerado“, lê-se na nota do gabinete de estatísticas.
O consumo privado desacelerou mesmo numa altura em que a inflação está a abrandar, ainda que os preços se mantenham elevados. Dados para o conjunto do ano mostram que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média anual de 4,3% (7,8% em 2022). Por outro lado, os preços no produtor caíram, tendo registado uma variação média anual de -2,2% (depois de 20,5% em 2022, o crescimento mais elevado da série).
O INE revela ainda o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, e que “aumentou em novembro e dezembro, após ter diminuído entre julho e outubro”.
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