Trump para a NATO: 2% do PIB para a defesa “é o mínimo” para enfrentar terrorismo

O presidente norte-americano aponta que vários países da NATO estão a faltar aos seus compromissos financeiros. "Não é justo para com os contribuintes norte-americanos".

Donald Trump está em Bruxelas para marcar presença na inauguração da nova sede da NATO e para se estrear nas cimeiras desta organização. O presidente dos Estados Unidos não perdeu tempo para lançar críticas aos países que “não cumprem os seus compromissos financeiros” e apela ao reforço das verbas destinadas à defesa. As ameaças que o mundo enfrenta são “muito reais”, garante.

“Os membros da NATO têm de cumprir com os seus compromissos financeiros, mas 23 dos 28 membros da NATO ainda não estão a pagar o que é suposto pagarem pela defesa. Isso não é justo para com os contribuintes norte-americanos”, começou por dizer Donald Trump, durante a cerimónia de inauguração da nova sede da NATO.

"Se todos os países da NATO contribuíssem com apenas 2% do PIB, reforçaríamos a nossa defesa conjunta em 119 mil milhões de dólares.”

Donald Trump

Presidente dos EUA

O presidente norte-americano destaca que, nos últimos anos, os Estados Unidos “gastaram mais em defesa do que todos os países da NATO juntos”. Por isso, Trump apela a um reforço das verbas destinadas à defesa. “Se todos os países da NATO contribuíssem com apenas 2% do PIB, reforçaríamos a nossa defesa conjunta em 119 mil milhões de dólares”, calcula Trump.

Mas mesmo esse reforço não chega. “Temos de reconhecer que, com todas as ameaças de terrorismo, mesmo 2% do PIB é insuficiente para reforçar as nossas defesas. 2% é o mínimo para enfrentar as ameaças muito reais que enfrentamos hoje“, considera.

Este compromisso dos 2% do PIB destinados à defesa já tinha sido assumido na cimeira da NATO no País de Gales, que decorreu em 2014. Nessa altura, os países comprometeram-se a destinar este montante a despesas militares no espaço de uma década. Mas só cinco aliados estão a cumprir o compromisso: Estados Unidos, Grécia, Estónia, Reino Unido e Polónia. Em 2016, Portugal gastou 1,38% do PIB na área da defesa.

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