Com Trump na NATO, UE acelera gastos em defesa
A eleição de Donald Trump veio trazer incerteza quanto à nova ordem mundial no que toca à segurança dos países. A União Europeia vai avançar com mais gastos em defesa como prevenção.
A União Europeia está a postos para acelerar os gastos em defesa: cibersegurança, navios de guerra e drones são os principais alvos dos investimentos de milhares de milhões de euros do Fundo de Defesa Europeu, avança o Financial Times esta terça-feira.
De acordo com o jornal britânico, as propostas da Comissão Europeia vão ser conhecidas esta quarta-feira e são vistas como uma resposta à eleição de Donald Trump, o próximo presidente dos EUA, que já disse querer diminuir os gastos norte-americanos na NATO contando, por isso, com mais contributos dos outros países.
A decisão de aprofundar a coordenação em termos de defesa, a nível europeu, ficará a cargo dos estados membros da União Europeia. Este plano servirá não só para fortalecer a posição dos países europeus na Nato, mas também para proteger internamente os europeus do terrorismo e reforçar as fronteiras externas do Espaço Schengen, numa altura em que a crise dos refugiados ainda não está resolvida e a situação da Crimeia representa um risco de conflito com a Rússia.
O plano será executado por um dos vice-presidentes da Comissão Europeia, o finlandês Jyrki Katainen, e não se focará apenas nas capacidades terrestres, aéreas ou espaciais: a cibersegurança será um dos principais focos do investimento europeu.
Atualmente, 80% da defesa europeia é gerida internamente pelos próprios países, segundo uma estimativa da Comissão Europeia citada pelo Financial Times.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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