Corticeira Amorim e Altri são as cotadas do PSI que Morningstar destaca no ESG
As duas empresas conseguiram as melhores pontuações no universo português, registando um grau baixo de risco financeiro relacionado com critérios ambientais, sociais e de governo corporativo.
A Corticeira Amorim e Altri são as cotadas do PSI com melhor pontuação a nível dos critérios ESG (a sigla inglesa que resume os critérios ambientais, sociais e de governança) de acordo com o ranking elaborado pela Morningstar Sustainalytics.
Este ranking internacional serve para avaliar a exposição de uma organização a riscos ESG. Quanto maior for o risco não gerido, mais elevada e pior é a pontuação ao raking. De 0 a 10 o risco da empresa é insignificante, de 10 a 20 o risco é baixo, de 20 a 30 é médio, de 30 a 40 alto e a partir de 40 o risco torna-se severo.
“Numa altura em que as considerações ESG fazem cada vez mais parte das decisões de investimento, existe uma necessidade entre os investidores de comunicar um sinal credível que demonstre o seu desempenho ESG”, lê-se na página da Sustainalytics
De acordo com os resultados, referentes aos dados de 2023, a Corticeira Amorim e a Altri obtiveram um nível de risco baixo, registando 11.4 e 14.7 pontos, respetivamente, fazendo destas as duas organizações portuguesas com melhor pontuação neste ranking.
Ainda na categoria de baixo risco surgem os CTT, EDP Renováveis e a The Navigator Company, as três com 16 pontos. A Sonae, com 17 pontos e o BCP, a Jerónimo Martins e a EDP, com 19 pontos, também integram o grupo de empresas com risco baixo.
O risco sobe para nível médio quando se observam os pontos obtidos pela Greenvolt (20 pontos) e a Semapa (24 pontos), sendo que depois é dado um salto para o nível de risco alto. Nesta categoria, o Morningstar Portfolio Sustainability Score identifica a Galp Energia e a Mota-Engil, atribuindo-lhes 31.4 e 39.7 pontos, respetivamente.
Destaque ainda para as Infraestruturas de Portugal e a InterCement Portugal que, apesar de não serem cotadas do PSI, são as empresas portuguesas com a pior pontuação neste ranking, 36.7 e 39.4 pontos, pela mesma ordem. Fora das cotadas, só Crédito Agrícola integrou a lista de empresas com risco moderado (20 pontos).
CGD é o banco com a melhor pontuação
A Caixa Geral de Depósitos surge como o banco português com a melhor notação de ESG. Graças a uma pontuação de 13,8 pontos, o banco liderado por Paulo Macedo surge com uma exposição baixa aos riscos ESG. Em 2022, o banco tinha obtido 20 pontos.
De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira, na avaliação anual da Sustainalytics é realizada uma avaliação preliminar sobre o desempenho da CGD em várias dimensões como “ESG Integration”, “Product Governance”, “Business Ethics”, “Corporate Governance”, “Human Capital” e “Data Privacy and Security”. Estes temas, indica o comunicado, desdobram-se em 57 indicadores com um total de cerca de cerca de 230 critérios de avaliação.
As dimensões de avaliação com melhor desempenho em 2023 foram capital humano, integração de critérios ESG e corporate governance, onde o risco foi classificado como negligenciável.
“Considerando que a avaliação é realizada com base em informação pública, a melhoria de classificação comprova a implementação robusta, transparente e inovadora de práticas ESG internas, bem como o respetivo reporte no Relatório de Sustentabilidade e a divulgação nos canais externos do banco”, informa o banco.
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