Custos da construção de nova habitação abrandam para 3,9% em 2023
Queda dos preços dos materiais e da mão de obra ditam um abrandamento dos custos com a construção de nova habitação, que em 2023 se cifrou numa subida homóloga de 3,9%, abaixo dos 12,2% em 2022.
Em 2023, os custos com a construção de nova habitação subiram 3,9%. Mas, de acordo com os dados divulgados pelo INE esta sexta-feira, sofreram um acentuado abrandamento de 8,3 pontos percentuais face à subida homóloga de 12,2% registada em 2022.
Os dados do INE revelam ainda que, no ano passado, os custos abrandaram com a desaceleração dos índices de materiais e de mão-de-obra. Em 2023, registaram aumentos médios anuais de 0,9% e 8,1%, respetivamente. Em 2022 tinham subido 16,7% e 6,3% pela mesma ordem.
Os números mensais indicam ainda que em dezembro a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova situou-se em 1,8%, caindo 0,6 pontos percentuais à observada em novembro.
No último mês de 2023, os preços dos materiais caíram 2,2% (-1,7% no mês anterior), sendo esta a maior redução mensal de preços pelo menos desde 2020. Já o custo da mão-de-obra aumentou 7,5%, ficando 0,7 pontos percentuais abaixo do registado em novembro.
Entre os materiais que mais influenciaram a desaceleração dos custos em 2023 estão os revestimentos, isolamentos e impermeabilização, com uma descida de cerca de 20%; o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada, com uma redução de cerca de 15%; e o consumo de produtos energéticos, com uma diminuição de cerca de 10%.
Em sentido oposto, destacaram-se o betão pronto e artigos sanitários com crescimentos homólogos de cerca de 10% e o cimento, as tintas, primários, subcapas e vernizes com cerca de 5%.
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