Turismo bate recorde em 2023. Receitas subiram 40% face ao período pré-pandemia
Receitas do Turismo subiram 20,1% face a 2022 e 40,2% face a 2019, o ano anterior à pandemia. Com estes resultados, 2023 foi o melhor ano de sempre do turismo em Portugal.
Em 2023, o turismo atingiu seis mil milhões de euros de receitas, dos quais 4,6 mil milhões foram arrecadados em dormidas. Segundo os dados preliminares do INE, estes valores indicam uma subida de 20,1% nas receitas totais face a 2022 e de 40,2% face a 2019, antes da pandemia. Com estes resultados, 2023 foi o melhor ano de sempre do turismo em Portugal.
Já as receitas conseguidas através das dormidas subiram 21,3% face o período homólogo e 43% quando comparadas com 2019, indica ainda o INE.
Estes resultados acontecem à boleia do aumento do número de hóspedes que, no ano passado, ascenderam a 30 milhões, mais 13,3% face ao período homólogo, e das 77,2 milhões de dormidas, que cresceram 10,7% face a 2022. O número de dormidas subiu 2,1% entre os turistas portugueses e 14,9% entre os estrangeiros.
Também o aumento do preço das estadias permitiu aos estabelecimentos turísticos arrecadar receitas mais elevadas. Entre os hotéis, hostels ou alojamentos de turismo rural, o preço por noite (rendimento por quarto ocupado) aumentou 9,2% face a 2022, atingindo 113,1 euros.
Os dados avançados esta quarta-feira pelo INE revelam apenas os resultados dos estabelecimentos turísticos. Fora destes valores estão as receitas arrecadas por todas as atividades ligadas ao turismo, como a restauração, que fazem disparar os proveitos do turismo para um total de 25 mil milhões de euros, segundo o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.
De todos os indicadores do setor, o Algarve foi o único principal destino que não superou os níveis de 2019, tendo registado 26,4% das dormidas em 2023.
Madeira e Açores com maiores subidas de preços por noite
Entre as várias regiões do país, as maiores subidas do preço por noite foram registadas nos Açores e na Madeira, crescendo 14,3% em ambas. Seguiu-se a Área Metropolitana de Lisboa, onde o rendimento médio por quarto ocupado cresceu 12,2%. O Algarve e o Alentejo apresentaram as evoluções mais modestas, com 4,4% e 5,2%, respetivamente.
Nos vários tipos de alojamento, os dados do INE revelam que os preços por estadia cresceram 9,2% na hotelaria, 11,6% no alojamento local e 5,5% no turismo no espaço rural e de habitação.
Já o rendimento médio por quarto (RevPAR) dos estabelecimentos turísticos aumentou 15,4%, atingindo 64,8 euros, tendo subido 16,5% na hotelaria, 15,7% no alojamento local e 7,1% no turismo no espaço rural e de habitação.
Lisboa concentrou cerca de 20% do total de dormidas
No conjunto do ano 2023, do total de 77,2 milhões de dormidas, 73,3% concentraram-se em 23 dos maiores municípios, com mais de 100 mil habitantes.
Só a cidade de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas, atingindo 15,1 milhões dormidas, mais 13,6% face ao período homólogo, crescendo 3,5% entre os portugueses e 15,6% nos estrangeiros.
O Funchal representou 8,1% do total de dormidas em 2023 (6,2 milhões), o que se traduziu num crescimento de 8,8% (-5% nos residentes e +11,5% nos não residentes).
No Porto, registaram-se 5,9 milhões de dormidas em 2023 (7,6% do total), representando um acréscimo de 21,9% face a 2022 (+8,8% nos residentes e +24,7% nos não residentes).
E num ano em que o Papa visitou o país, destaca-se a subida do número de dormidas registado em Ourém que cresceu 33,6% (+9,9% nos residentes e +50,9% nos não residentes).
Face a 2019, os maiores crescimentos das dormidas registaram-se em Vila Nova de Gaia (+32,5%), no Porto (+28%) e no Funchal (+24,2%), enquanto os maiores decréscimos ocorreram em Vila Real de Santo António (-15,4%) e Albufeira (-8,8%), que continuaram abaixo dos níveis pré-pandemia.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h17)
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