Investimento nos certificados cai 214 milhões no arranque do ano

Há cinco meses que as famílias tiram dinheiro dos certificados. Portugueses tinham 44,88 mil milhões de euros emprestados ao Estado no final de janeiro.

As aplicações das famílias em certificados voltaram a cair em janeiro pelo quinto mês seguido. O investimento nestes produtos de poupança do Estado recuou 214 milhões de euros no arranque do ano. Outrora populares, os Certificados de Aforro contribuíram para esta redução.

Os portugueses detinham 44,88 mil milhões de euros em certificados no final de janeiro, menos 214,03 milhões em relação a dezembro, de acordo com os dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

O grande responsável por esta queda foram os Certificados do Tesouro, dos quais as famílias tiraram dinheiro pelo 27.º mês consecutivo: em janeiro saíram 197 milhões para o valor mais baixo desde novembro de 2016.

Já os Certificados de Aforro, que há um ano atraíam milhões e milhões de euros de poupanças das famílias, perderam o brilho depois de o Governo ter cortado a remuneração em junho. Há três meses seguidos que registam saídas líquidas, sendo que “perderam” 16,8 milhões de euros no arranque do ano.

Os certificados representam uma forma de o Estado se financiar e de promover a poupança junto das famílias.

Ainda assim, para este ano, o Governo já não está a contar com as poupanças das famílias para se financiar. O Orçamento do Estado prevê uma contribuição nula dos Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro no financiamento do Estado para 2024.

Uma análise recente da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) do Parlamento revelou que o Estado está a pagar mais de 1.000 milhões em juros com os certificados.

(Notícia atualizada às 12h01)

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