Carga fiscal é um bloqueio ao crescimento da economia, diz Montenegro
O líder da AD reiterou que a carga fiscal "retira rendimento às famílias e tem contribuído para que parte do capital humano saia do país" e é um travão ao desenvolvimento.
Luís Montenegro, presidente do PSD, voltou esta quarta-feira a defender um desagravamento da carga fiscal sobre rendimentos, argumentando que “a elevada carga fiscal é um bloqueio de desenvolvimento à nossa economia”.
“Temos um sistema fiscal demasiado complexo, instável – muda praticamente todos os anos pelo menos na altura do Orçamento do Estado – e tem um esforço, uma carga fiscal, que veio sempre a aumentar. A elevada carga fiscal é um bloqueio de desenvolvimento à nossa economia”, referiu o candidato social-democrata, numa conferência organizada pela CIP dedicada ao tema “Pacto Social. Mais economia para todos”.
A falar para uma plateia de empresários, Montenegro mostrou-se compreensivo com as medidas pedidas pelo tecido empresarial, reiterando que a carga fiscal “retira rendimento às famílias e tem contribuído para que parte do capital humano saia do país”.
No raio-x à economia, Montenegro adiantou ainda que a economia é preenchida com muitos custos de contexto, tem uma justiça morosa e muitas vezes cara e há uma despesa corrente primária muito cara em função de produto. Para o candidato social-democrata outro dos constrangimentos para o crescimento da economia tem que ver com as pessoas: há falta de capital humano quer na sua dimensão qualitativa quer quantitativa
A dimensão das empresas foi outro dos aspetos abordados por Montenegro, referindo que as empresas têm pouca perspetiva de crescimento, o que é uma limitação na competição com outras empresas além fronteiras.
Defensor de uma economia focada na “livre iniciativa”, o líder do PS comprometeu-se a apoiar as empresas, ainda que argumentando que a primeira medida de um possível governo liderado por Montenegro será diminuir o IRS, sobretudo dos jovens. É preciso “mudanças estruturais, privilegiando iniciativa privada e competitividade, fomentar a concorrência e reduzir a burocracia”, sintetiza.
Outra das promessas de Montenegro, reiterada na conferência da CIP, é a redução da burocracia de procedimentos. “Há uma tendência que não sei sequer justificar para juntar complexidade ao que já é complexo”, referiu, adiantando que caso seja eleito nas eleições de 10 de março irá “promover simplificação geral dos processos administrativos e dos licenciamentos em todas as áreas”. E vai “impor limites às regras do licenciamento, aplicar o princípio segundo o qual o Estado não deve pedir aos cidadãos e às empresas informação da qual já é detentora”.
Imigração sim, mas controlada
Em relação ao tema da emigração, Luís Montenegro argumentou que é “muito favorável que tenhamos uma imigração controlada“, mas pretende criar condições para que os jovens portugueses possam ficar em Portugal e fazer família no país. “Quero que olhemos para os imigrantes como novos portugueses, mas também não quero que Portugal deixe de ser Portugal”.
“A minha predisposição como futuro líder do governo, se portugueses assim desejarem, é interagir com esta associação e estar ao lado das empresas, ter um ministério da economia à maneira do engenheiro Mira Amaral – perto das empresas”, conclui Montenegro.
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