Maioria absoluta? “Não há palavras proibidas”, diz líder do PS
Interrogado se a maioria absoluta é fasquia proibida para o PS, Pedro Nuno Santos rejeitou que haja palavras proibidas. Em Matosinhos, reiterou ainda o seu compromisso de referendar a regionalização.
O secretário-geral do PS foi hoje recebido com música e votos de “boa sorte” no mercado de Angeiras, município de Matosinhos, um bastião socialista em que reiterou o seu compromisso de referendar a regionalização na próxima legislatura. Interrogado se a maioria absoluta é fasquia proibida para o PS, Pedro Nuno Santos rejeitou que haja palavras proibidas.
“Não há palavras proibidas. Nós estamos a lutar pelo melhor resultado possível, com respeito e humildade democrática”, afirmou o líder socialista.
Angeiras, uma zona piscatória de Matosinhos, foi ponto de campanha nas presidenciais de 2011 com Manuel Alegre, mas também do anterior líder socialista, António Costa, em 2015. A equipa de Pedro Nuno Santos não prescindiu deste ponto de campanha que garante sempre boas receções ao secretário-geral do PS.
Esta manhã, antes do almoço comício de Matosinhos, Pedro Nuno Santos esteve no mercado desta freguesia tradicionalmente socialista acompanhado pela presidente da Câmara, Luísa Salgueiro, pelo cabeça de lista do PS no Porto, Francisco Assis, e vários candidatos a deputados por este círculo eleitoral.
Um cantor popular, bem conhecido localmente, aproximou-se do líder socialista e, com um microfone na mão, começou a cantar: “Boa sorte, boa sorte, eu te desejo do fundo do coração”. Rapidamente, dezenas de apoiantes e simpatizantes do PS começaram também a entoar o refrão da música.
Já cá fora, Pedro Nuno Santos fez breves declarações aos jornalistas e, tal como aconteceu no sábado, em Lamego, voltou a recusar comentar cenários de governabilidade após as eleições legislativas de 10 de março.
“Agora, nesta campanha, somos nós e o povo, sem intermediários. Nisso, ninguém bate o PS. Temos uma relação de proximidade e de confiança. Estou focado numa vitória que trave o avanço das diferentes direitas”, declarou.
Interrogado sobre a promessa do PS de regionalizar o território continental, o líder socialista referiu que é um compromisso previsto no programa eleitoral do partido para a próxima legislatura.
“Sabemos que o país é melhor governado quando estamos mais próximos das pessoas. Assim aconteceu ao nível autárquico, mas falta um poder intermédio regional. Está na Constituição um referendo sobre a regionalização, terá de ser realizado, mas não queremos perder mais uma oportunidade”, acrescentou.
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