Costa afasta envio de militares para a Ucrânia
Costa garante que nem a NATO nem a UE ponderam enviar militares para a Ucrânia. Primeiro-ministro da Eslováquia tinha avançado com esse cenário.
O primeiro-ministro António Costa negou o cenário de que a NATO ou a União Europeia se encontrem a ponderar, numa base bilateral, o envio de militares para a Ucrânia.
“Não há nenhum cenário em que essa situação se tenha colocado e nem vejo qualquer país da NATO a fazê-lo” sendo que estas “são decisões que a serem tomadas, terão de ser tomadas coletivamente porque numa aliança de defesa coletiva a geração de riscos é também do interesse comum de todos. Mas não foi tema”, disse António Costa.
As declarações do primeiro-ministro português foram feitas em resposta ao primeiro ministro da Eslováquia, Robert Fico, que disse que esse era um cenário que estava a ser considerado por alguns Estados-membros da NATO e da União Europeia, sem, contudo, avançar quais são os países a defender esta solução.
Para assinalar o reforço do apoio à Ucrânia, o presidente francês Emmanuel Macron reuniu, no Palácio do Eliseu, 21 chefes de Governo ou de Estado e seis outros ministros, quando se assinalam dois anos da invasão russa.
O primeiro-ministro comparou ainda a invasão russa da Ucrânia à ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, afirmando esperar que o direito internacional “prevaleça” em território ucraniano.
“Nós portugueses temos, aliás, um bom motivo para compreender a importância de defender, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, o primado do direito internacional. Todos nos recordamos que, durante muitos anos, Timor-Leste foi um território ocupado ilegalmente pela Indonésia e houve momentos em que Portugal esteve sozinho na cena internacional a bater-se pela defesa do direito à autodeterminação do povo de Timor-Leste”, mas “quando muitos já acreditavam que não era possível, a verdade é que o direito internacional prevaleceu e essa é de melhor demonstração de que o direito internacional é a grande arma dos pequenos países e dos povos que querem ser livres e viver em paz”, declarou António Costa.
“Defender a preservação e o primeiro direito internacional na Ucrânia é nós estarmos a garantir a nossa própria segurança no futuro”, rematou o Chefe de Governo.
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