Ativistas em semana de protestos contra seguradoras no Reino Unido
Os ativistas em protestos pelo clima protestaram em frente à AXA. Ontem, formaram um cordão humano em frente ao edifício da Llyod's de Londres. Os protestos terminam a 3 de março.
O grupo climático da Extinction Rebellion (XR), que também tem núcleo em Portugal, protestaram em frente à sede e a escritórios da AXA, no terceiro de sete dias de protestos contra o setor segurador pela cobertura de empresas e projetos de combustíveis fósseis.
O grupo assume que a seguradora francesa tem dado passos para se tornar mais sustentável, como ter sido a primeira seguradora a recusar cobrir o pipeline Uganda-Tanzânia (EACOP), restringir a cobertura da exploração e desenvolvimento de petróleo a partir de 2024, e muito mais, lê-se num comunicado. No entanto, o XR refere ser a sua “responsabilidade garantir que as promessas em se tornarem mais sustentáveis em ações”. O grupo alega existirem “lacunas nas apólices da AXA que permitem segurar novos projetos de combustíveis fósseis se a empresa envolvida tiver declarado publicamente que irá abandonar o petróleo, o carvão e o gás numa altura não especificada no futuro. A AXA também não estabeleceu limites para o número de novos projetos de combustíveis fósseis que pretende segurar.”, indicam.
As formas de protesto não ficaram por aqui. Um grupo chamado “Shut the System” alega ter sido responsável por pintar as fachadas dos escritórios das seguradoras Tokio Marine Kiln, AIG e Probitas de vermelho, refere nas suas redes sociais XC Money Rebelion parte do grupo XR, citado pelo Insurance Post.
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De acordo com um comunicado do XR, o CEO da Zurich Marco Greco indicou que pretende falar com o grupo e membros da coligação de associações pelo ambiente chamada de Insure Our Future, que participam nas manifestações que duram até 3 de março, após o fim da semana de protestos que já teve como alvo a sua empresa, indicam no comunicado.
Grupos de ativistas pelo clima juntaram-se a ativistas pró-palestina numa manifestação que teve lugar esta tarde na estação de comboio de Liverpool, dá conta o DailyMail. Nesse sentido, também acusam a AXA de estar a “segurar empresas ligadas à ocupação ilegal da Palestina por Israel como a Caterpillar, Volvo, IBM, Siemens e Airbnb”, referem no comunicado.
Protestos à frente da Lloyd´s of London
O grupo climático da Extinction Rebellion (XR) e mais grupos climáticos tentam bloquear as entradas no edifício da seguradora Lloyd´s of London esta quarta-feira, no segundo de sete dias de protestos pelo clima contra o setor segurador pela cobertura de empresas e projetos de combustíveis fósseis – como o pipeline Uganda-Tanzânia (EACOP), avança a associação nas suas redes sociais.
“As pessoas dentro deste edifício têm o poder de desligar o interruptor dos projetos de combustíveis fósseis que mais lesam o meio ambiente se recusarem segurá-los. Estamos aqui para que conheçam o seu poder (as seguradoras) e o usem agora. Eles podem ser os heróis do clima, mudar o curso da história”, disse Marijn van de Geer, representante da associação.
A associação diz não estar a impedir que os trabalhadores saiam do edifício da Lloyd´s, mas tentam impedir entradas. No entanto, a polícia de Londres indica estar a garantir que as pessoas se movam livremente. As forças policiais disseram ainda que, até à data de publicação do artigo, foram detidas 5 pessoas no âmbito deste protesto.
Ativistas ocuparam 5 escritórios de seguradoras
Os escritórios de cinco grandes seguradoras em Londres, Inglaterra, foram ocupados esta terça-feira no primeiro dia de protestos pelos ativistas pelo clima. Segundo o Daily Mail, os manifestantes ocuparam os escritórios da Tokio Marine, Talbot, Travelers, Probitas e da Zurich.
Os ativistas disseram que pretendem negociar com as seguradoras para discutir sobre a cobertura dos projetos que dizem ser uma “bomba de carbono”, e que as seguradoras têm uma “oportunidade única para travar imediatamente todos os projetos (…) que causarão um colapso climático e um futuro de tempestades e ondas de calor mortíferas, inundações, fome e guerra.”, disse um dos participantes.
“Cubram os nossos futuros, não combustíveis fósseis”, lê-se nos cartazes dos ativistas e continua a ser um dos motes dos protestos. O movimento tira a sua força da crença de que se as seguradoras não cobrissem as empresas de combustíveis fosseis, estas não teriam capacidade de extrair os combustíveis.
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