Mais seguradoras afastam-se de pipeline africano
Segundo o governo ugandense, a principal barreira à construção do EACOP é a incapacidade de encontrar um seguro. Seguradoras afastam-se pelos riscos de poluição e perdas humanas que apresenta.
As resseguradoras Sirius Point, Riverstone International, Enstar Group e as seguradoras Bleinheim e SA Meacock confirmaram que rejeitam cobrir os riscos do projeto do pipeline Uganda-Tanzânia (EACOP) que exige aquecimento elétrico, superior a 50ºC, ao longo dos seus 1.443 kms. São agora 28 empresas do setor segurador que se recusaram a cobrir o projeto devido aos riscos de poluição e perdas humanas que apresenta, avançou o jornal EnviroNews Nigeria.
As declarações das empresas surgem meses após esforços de organizações ambientais para responsabilizar as empresas de seguros pelos seus envolvimentos em projetos de “energia suja que põem em perigo comunidades locais e poluem ecossistemas vitais”, refere o jornal.
Segundo membros de uma das associações, Stop EACOP, a tomada de posição das seguradoras reforça o crescente risco financeiro do projeto e o consenso sobre a necessidade de proteger futuras gerações do aquecimento global e dos fenómenos climáticos extremos. Zaki Mamdoo, coordenador da campanha StopEACOP, afirma que a rejeição das empresas em cobrir o pipeline “é uma vitória significativa” e apela “às restantes seguradoras ligadas à EACOP” a fazerem o mesmo.
Para o ministro da Energia do Uganda, o maior desafio para a construção do pipeline tem sido a incapacidade de encontrar um seguro que cubra os riscos da sua construção. O afastamento de seguradoras e as dificuldades em encontrar investimentos que totalizam 3 mil milhões de dólares levou ao projeto a ser atrasado quatro anos.
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