Lucros do grupo Crédito Agrícola mais que triplicam em 2023 para 296,8 milhões de euros
A margem financeira do grupo liderado por Licínio Pina também duplicou no ano passado, para 749,5 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas cresceram 10,7%.
O grupo Crédito Agrícola teve lucros de 296,8 milhões de euros em 2023, mais que triplicando os 87,8 milhões de euros do ano anterior, disse esta segunda-feira em comunicado de imprensa.
A margem financeira, a diferença entre o que recebe de juros nos créditos e o que paga de juros nos depósitos, também duplicou, de 367,8 milhões de euros para 749,5 milhões de euros.
Neste campo, o banco refere que a taxa média do crédito a clientes aumentou 2,29 pontos percentuais em 2023, para 4,68%, uma variação que foi “atenuada parcialmente pelo acréscimo de 0,22 pontos percentuais na taxa média dos depósitos de clientes para 0,25%”.
“O contexto que temos vivido, sobretudo na Europa, tem impulsionado o crescimento do setor, e os resultados financeiros alcançados são reflexo disso mesmo”, afirmou, citado no documento, o presidente do grupo, Licínio Pina.
As comissões líquidas cresceram 10,7% em 2023, para 153 milhões de euros.
De acordo com o banco, as empresas de seguros tiveram um contributo para os lucros de 14,4 milhões de euros, das quais a CA Seguros com lucros de 7,9 milhões de euros e a CA Vida com 6,6 milhões de euros.
Do lado dos gastos, os custos de estrutura cresceram 5,1%, para 421,2 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 5,5%, em cerca de 13 milhões de euros, devido ao aumento dos trabalhadores do grupo (3,7%), atualizações salariais (4,6%) e prémios de desempenho.
Em 2023, o banco teve um reforço de imparidades e provisões, cujo total ascendeu a 129,1 milhões de euros, mais 71,7 milhões de euros face a 2022.
Olhando para o balanço, a carteira de crédito (bruto) subiu 0,6% face a dezembro de 2022, para 12.059 milhões de euros, com a evolução no crédito a empresas e administração pública (+3,7%, para 7.132 milhões de euros) a compensar a redução de 3,6% (para 4.926 milhões de euros) no crédito a particulares.
A carteira de crédito à habitação do Crédito Agrícola recuou 3,3% em 2023, para 3.477 milhões de euros.
O rácio de crédito malparado (rácio bruto de non performing loans) agravou-se em 2023 para 6,2%, contra 5,1% no final de 2022.
Os depósitos totalizavam 20.004 milhões de euros, menos 1,9% face a 2022.
Quanto a rácios de solvabilidade, os rácios CET1 e de fundos próprios totais foram de 22,4%, continuando acima dos mínimos recomendados ou requeridos.
O grupo Crédito Agrícola tinha 4.136 trabalhadores no final de dezembro de 2023, mais 146 do que no mesmo mês de 2022, enquanto as agências bancárias eram 618, mais uma do que um ano antes.
(Notícia atualizada às 11h23)
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