Sonae ficou com mais de 80% da finlandesa Musti após prolongamento da OPA
O prolongamento da oferta permitiu à empresa portuguesa convencer mais acionistas da Musti a vender na OPA. Posição na empresa nórdica quase duplicou.
A Sonae concluiu a oferta pública de aquisição (OPA), lançada pela Flybird Holding Oy sobre a finlandesa Musti, com 80,58% do capital da empresa nórdica, após o prolongamento da oferta, que terminou esta quarta-feira, mostram os dados preliminares da oferta. Esta segunda fase da operação permitiu à empresa portuguesa convencer mais acionistas a venderem os seus títulos na Oferta, depois de a companhia liderada por Cláudia Azevedo ter terminado o prazo inicial da OPA com pouco mais de 42% das ações.
“Com base no resultado preliminar do Período Subsequente da Oferta hoje conhecido, o total de Ações aceites durante o Período Subsequente da Oferta, juntamente com as Ações adquiridas na sequência do período inicial da oferta, as adquiridas em mercado e detidas pela Oferente (incluindo as Ações já aportadas à Oferente pelos membros do Consórcio) representam cerca de 80,58% das Ações e dos direitos de voto na Empresa, calculados numa base totalmente diluída”, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Sonae tinha concluído a oferta sobre a Musti com 42,99% do capital da empresa nórdica, um resultado que levou a empresa da Maia a deixar cair a condição de atingir 90% do capital da empresa de produtos para animais de estimação e a prolongar a oferta até ao dia 6 de março, dando oportunidade a mais acionistas para venderem na OPA. Período subsequente iniciou-se a 21 de fevereiro.
No comunicado onde formalizava o prolongamento da OPA, Cláudia Azevedo adiantava que estava entusiasmada por conseguir “adicionar a Musti” ao “portefólio de negócios e, como tal, decidimos prosseguir com a oferta”. “Vamos adquirir as ações que resultaram da oferta e daremos aos acionistas da Musti que não aceitaram a mesma, a oportunidade de o fazerem durante o período subsequente. Mantemo-nos confiantes de que o consórcio liderado pela Sonae é o acionista ideal para agilizar a expansão da Musti e focar-se na satisfação das necessidades dos seus clientes”, adiantava a CEO da Sonae no mesmo documento.
A OPA sobre a Musti foi anunciada pela Sonae no passado dia 29 de novembro, num consórcio com três membros do conselho de administração da empresa, propondo-se pagar 26 euros por cada ação da companhia nórdica, uma contrapartida que avalia a empresa cotada na bolsa de Helsínquia em 868 milhões de euros.
“O resultado final do Período Subsequente da Oferta será anunciado em ou por volta do dia 11 de março de 2024, e a sua liquidação concretizada antes do final do primeiro trimestre de 2024″, informa a empresa no comunicado divulgado esta quinta-feira.
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