Galamba elogia escolha de Maria da Graça Carvalho para Energia mas deixa “reparos”
O ex-secretário de Estado da Energia deixa "um reparo" à futura titular da pasta “atualizar o discurso sobre hidrogénio” porque “ficou parado em 2019/2020”.
O ex-secretário de Estado da Energia do PS, João Galamba, quebrou o silêncio de meses para elogiar a escolha de Maria da Graça Carvalho como a próxima ministra do Ambiente e Energia. Mas deixa “um reparo” em jeito de conselho à próxima governante da pasta: “atualizar o discurso sobre hidrogénio” porque “ficou parado em 2019/2020”.
Nos cinco posts publicados na rede X (antigo Twitter), João Galamba – que ocupou funções governativas na Energia entre outubro de 2018 e janeiro de 2023 – lembra que “as apostas ligadas à indústria que a nova ministra defende já estão todas em curso há anos” e o “projeto que critica foi também abandonado há anos”.
Em causa estão os projetos descentralizados ligados à indústria e a produtos verdes “de elevado valor acrescentado”, como amónia, metanol, aço verde, jet fuel que Galamba lembra que estão todos “em curso” mas que “importa continuar e aprofundar”.
No reverso, Galamba entende que o gasoduto de hidrogénio “deve ser abandonado” e que “todo o hidrogénio nacional” seja usado para a indústria que temos e, “sobretudo, para a que estamos a atrair, quer seja para descarbonizar consumos energéticos, seja para produção de novos produtos verdes (aço, metanol, amónia)”, lê-se nos posts.
Já sobre os projetos solares de grande dimensão, Galamba espera “que a nova ministra não ceda ao populismo dos micro projetos e reconheça que não há descarbonização sem aceleração de todos os projetos – grandes, médios e pequenos – e combata o populismo em torno dos projetos solares”.
Ainda em jeito de conselho à futura ministra, Galamba recomenda a Maria da Graça Carvalho que “faça uso do regulamento europeu que considera os projetos renováveis de overriding public interest para garantir que a maior oportunidade industrial que este país já viu (as renováveis) avança mesmo”.
João Galamba está retirado de funções políticas desde a dissolução da Assembleia da República, depois de se ter demitido do cargo de ministro das Infraestruturas na sequência de ser constituído arguido no caso Operação Influencer, que investiga negócios ligados ao lítio e ao hidrogénio verde, estando indiciado pelo crime de tráfico de influência.
Nas últimas legislativas ficou fora das listas de candidatos a deputados pelo PS.
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