Família Mota aproveita queda das ações para reforçar na construtora
Carlos Mota dos Santos e Manuel Mota, CEO e vice-presidente da comissão executiva, investiram 70 mil euros na compra de ações da empresa que dirigem. Títulos descem 24% desde máximos de março.
Carlos Mota dos Santos e Manuel Mota, presidente e vice-presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil, aproveitaram a queda das ações da construtora que dirigem para comprarem ações, dando um sinal ao mercado que estão confiantes na evolução positiva dos títulos. Desde os máximos registados no início de março, as ações tombam cerca de 24% em bolsa.
O CEO da empresa foi, esta semana, duas vezes ao mercado comprar ações da Mota-Engil. Depois de já ter adquirido um bloco de 4.000 títulos na terça, dia 9 de abril, por 18.820 euros, Carlos Mota dos Santos realizou mais uma aquisição esta quinta-feira. Desta vez comprou 1.000 ações, com um preço-médio de 4,462 euros, inferior aos 4,705 euros pagos na compra feita dois dias antes, o que perfaz um investimento de 4.462 euros, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Entre as duas operações, o líder da construtora controlada pela família Mota gastou 23.282 euros, passando a deter 138 mil ações da empresa, representativas de 0,04% do capital social.
Já o seu primo Manuel Mota, filho de António Mota, investiu 46.840 euros (preço médio de 4,684 euros) para comprar 10.000 ações. Em resultado desta aquisição, o vice-CEO passou a deter 260 mil ações da empresa, representativas de 0,08% do capital social.
Ações tombam 24% desde máximos
Estas aquisições ocorrem em mais uma semana de perdas para as ações da Mota-Engil. Nas últimas cinco sessões, os títulos desvalorizam cerca de 6%. No entanto, a queda é ainda mais expressiva se recuarmos ao máximo registado pela empresa este ano, no início de março, quando tocou nos 5,80 euros. Face a esse pico, os títulos afundam perto de 24%.
Esta correção surge depois da empresa ter escalado mais de 238% no último ano – no acumulado de 2024 também ainda regista um desempenho positivo de 11,5% – e apesar de ter anunciado os melhores resultados da sua história, em 2023. A construtora apresentou um lucro recorde de 113 milhões de euros no ano passado e garante que vai antecipar alguns dos objetivos para 2026.
“Continuo a considerar que as ações estão subvalorizadas”, afirmou o CEO em entrevista telefónica à Bloomberg. “Há novos projetos em curso que suportam a nossa opinião de que alguns preços-alvo deveriam ser mais elevados”, acrescentou o líder da companhia.
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