Web Summit no Brasil é rampa para portugueses em mercado fundamental
O mercado brasileiro, notou António Montenegro Fiúza, "é cada vez mais fundamental para a internacionalização das empresas portuguesas, seja na busca de investimento, seja na busca de mercados".
O presidente da Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro considera que a Web Summit, que arranca segunda-feira naquela cidade brasileira, é uma importante rampa de lançamento para as ‘startups’ portuguesas num mercado “cada vez mais fundamental”.
“É mais um momento, dos mais importantes, para as empresas portuguesas descobrirem o potencial de investimento que podem encontrar no Brasil“, disse à Lusa o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, António Montenegro Fiúza.
Na edição anterior, 25 startups portuguesas estiveram presentes no evento, sendo a segunda maior delegação estrangeira logo atrás dos Estados Unidos, disse em entrevista à Lusa, à época, o fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave.
O mercado brasileiro, notou António Montenegro Fiúza, “é cada vez mais fundamental para a internacionalização das empresas portuguesas, seja na busca de investimento, seja na busca de mercados“.
A língua e a “proximidade cultural e humana” que tem aumentado progressivamente com o “intenso fluxo migratório” entre os dois países, fazem do mercado brasileiro “cada vez mais uma extensão dos horizontes de qualquer empresário português”, frisou.
O presidente da Câmara Portuguesa no Rio de Janeiro considerou que, apesar de a Europa já olhar para o Brasil como um grande mercado, desconhece algumas das características. Por essa razão, “eventos como este permitem uma imersão que transmite a todos os participantes uma experiência que os aproxima muito mais da realidade”.
A aposta neste gigante mercado continental, de acordo com o responsável português, deve, por isso, ser centrada “no campo da informação, da informática, da computação, da robótica, das energias renováveis e obviamente não esquecendo os clusters que marcam a imagem de Portugal”.
Questionado sobre se as boas relações vividas nos últimos anos entre os governos do Brasil e Portugal se vão manter com o novo executivo português, António Montenegro Fiúza considerou que, “para Portugal, o Brasil continuará a ser uma aposta de regime, de Estado”.
“Qualquer que seja o Governo, a vontade de reforçar os laços será cada vez maior. É um consenso que supera as diferenças políticas“, concluiu.
Para o primeiro dia da Web Summit Rio está marcada uma reunião entre a delegação portuguesa e intervenientes locais, num encontro mediado pela Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, em colaboração com a Startup Portugal e a Lisboa Unicorn Capital e com várias sessões sobre processos legais, fiscais e oportunidades de negócio no país.
O dia 15 conta ainda com intervenções de António Montenegro Fiúza, da cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro (Gabriela Soares), do diretor executivo da Startup Portugal (António Dias Martins), do administrador executivo da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP (Luís Rebelo de Sousa), entre outros.
As 31 startups portuguesas na Web Summit Rio são ambi.careers, Biometrid, Dizconto, Enline, Frontfiles, Health4All, Hoopers, Hortee, Greenmetrics.ai, InAppStory, Infinite Foundry, Interpretica, iTRecruiter, Keeptip, Marvin AI, Mediaprobe, Modatta, My Data Manager, Mycareforce, Naoris Protocol, Networkme, Propel, SheerMe, Splink, SpotGames, Surf Eye, Tokenwised, uBits, Vawlt, Wiseworld, Zizu.
Cabo Verde é outro dos países lusófonos representados, com três ‘startups’ (RiftOne, Health360 e Fit CV) que vão participar no evento que decorre de 15 a 18 no Rio de Janeiro.
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