ADSE sem diretor clínico desde 2022. Vaga tem de ser preenchida por um médico

O concurso externo para diretor do departamento de consultadoria clínica da ADSE continua aberto. Tem existido dificuldade em encontrar médicos para o cargo.

A ADSE já está sem diretor clínico há quase dois anos. Os concursos têm ficado desertos ou não há candidatos que preencham os requisitos da vaga, que tem de ser ocupada por um médico, explica fonte oficial do subsistema de saúde dos funcionários públicos ao ECO.

“O cargo de diretor do departamento de consultadoria clínica encontra-se por preencher desde 2022, apesar de abertura de sucessivos concursos que ou ficaram desertos abinitio ou o(s) candidato(s) presente(s) a concurso não preenchiam os requisitos para o cargo”, indica fonte oficial da ADSE.

O principal fator da demora são os requisitos legais que ditam que a vaga tem de ser preenchida por um médico, explica. “Deste modo, o concurso externo para diretor do departamento de consultadoria clínica encontra-se ainda aberto e em curso”, adianta a ADSE.

Eugénio Rosa, antigo vogal do Conselho Diretivo da ADSE, já tinha chamado a atenção para esta situação no verão do ano passado, quando escreveu que “a ADSE está desde julho de 2022, sem diretor do Departamento de Consultoria clínica com consequências graves para os beneficiários, pois é este departamento que elabora as informações clínicas que permitem aprovar cirurgias e medicamentos”. “Também, fragiliza a ADSE perante os prestadores que têm direções clínicas com médicos competentes”, escrevia.

Na altura, em agosto de 2023, o economista apontava o dedo à secretária de Estado do Orçamento, que, segundo dizia tinha desde outubro de 2022 “um pedido de transferência por cedência de interesse público de um médico do Hospital do Algarve para a ADSE”, que se recusava a assinar.

Entretanto, já tomou posse o novo Governo pelo que será outro responsável a lidar com este tema. No Governo de António Costa, a tutela da ADSE era partilhada entre a Presidência e as Finanças, mas agora, como a Administração Pública passou para as Finanças, estará só sob a alçada do Ministério de Joaquim Miranda Sarmento.

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