Ex-provedor da Santa Casa sem dúvidas de que “não houve qualquer tipo de ilegalidade”
Quanto à exoneração da direção de Ana Jorge, Edmundo Martinho pensa que foi interrompido “um processo que tinha um potencial tremendo, sem que tenha sido substituído por uma estratégia alternativa".
Edmundo Martinho diz que “não tinha a menor dúvida que não houve qualquer tipo de ilegalidade” no processo de internacionalização que lançou e que foi alvo de uma auditoria pedida pelo Governo de António Costa, a qual não terá encontrado ilícitos criminais ou irregularidades graves.
Já quanto à exoneração da direção de Ana Jorge, o ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia considera que foi interrompido “um processo que tinha um potencial tremendo, sem que tenha sido substituído por uma estratégia alternativa”. O antigo responsável considera também que este afastamento era previsível, embora não esperasse que ocorresse tão cedo, refere ainda numa entrevista à Renascença (acesso livre).
Já para o ex-líder da IL, João Cotrim Figueiredo, a exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia, Ana Jorge, está mal explicada, refere em entrevista ao Público (acesso condicionado). O agora cabeça de lista da Iniciativa Liberal para as eleições europeias diz que até agora se sabe “insuficientemente o que exatamente esteve em causa que justifica esta exoneração”.
No início do ano, a consultora BDO enviou para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas o relatório sobre a auditoria externa feita à Santa Casa Global com dados recolhidos até 31 de janeiro de 2024. A provedora da SCML, e os elementos da Mesa, foram exonerados em 30 de abril, mantendo-se em funções até à nomeação de nova equipa.
O Governo acusou a ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Ana Jorge, e os elementos da Mesa, de “atuações gravemente negligentes”, que afetaram a gestão da instituição, justificando desse modo a exoneração.
Posteriormente, numa carta enviada a todos os trabalhadores, Ana Jorge acusou o Governo de a ter exonerado de “forma rude, sobranceira e caluniosa” e que foi apanhada de surpresa.
Este relatório final da auditoria foi entretanto enviado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) para o Tribunal de Contas (TdC), confirmou fonte do Ministério.
Sobre as audições, Ricardo Gonçalves, ex-gestor no Brasil da Santa Casa Global – empresa criada em 2021 para levar a cabo o projeto da internacionalização – diz que estava de baixa quando foi chamado pela primeira vez pelos auditores da BDO no âmbito da auditoria à Santa Casa Global, por causa da internacionalização dos jogos sociais.
Já quando foi contactado pela segunda vez acabou por não ir, tendo respondido que “não ia responder a uma pseudo-inquirição, ainda para mais porque as pessoas eram ouvidas mas ninguém assinou atas de declarações. Pura e simplesmente eram ouvidas”, explicou em entrevista à SIC.
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