EDP reduz investimento. Prevê 17 mil milhões até 2026

A elétrica coloca como objetivo para o horizonte entre 2024 e 2026 um investimento bruto de 17 mil milhões de euros. 

A EDP anunciou esta sexta-feira uma “desaceleração do investimento” até 2026, colocando como objetivo para o horizonte entre 2024 e 2026 um investimento bruto de 17 mil milhões de euros.

As novas metas constam de uma apresentação partilhada com os analistas, numa chamada a propósito da apresentação de resultados. A EDP prestou contas aos investidores esta quinta-feira, divulgando uma subida de 17% para 354 milhões de euros no lucro do primeiro trimestre do ano.

Como conclusão da apresentação, a EDP aponta uma “atualização do plano para 2024-2026”, que prevê uma “desaceleração do investimento, com 17 mil milhões de euros de investimento bruto“. A energética afirma que aplicará “critérios de investimento seletivos e disciplinados, priorizando o retorno sobre o volume”.

As condições de mercado, que mudaram ao longo dos últimos seis meses, levaram à atualização do plano, lê-se ainda na apresentação. A EDP aponta “preços da eletricidade mais baixos” e taxas de juro mais altas, em comparação com as estimativas que partilhou em 2023.

No que diz respeito aos preços da eletricidade em 2026, enquanto no final do primeiro trimestre de 2023 a estimativa da EDP apontava para 82 euros por megawatt-hora (MWh), de momento está nos 58 euros por MWh.

Em março de 2023, no Capital MarketsDay (CMD) da empresa, a EDP projetava um investimento bruto de 25 mil milhões de euros entre 2023 e 2026, em paralelo com adições brutas de capacidade de 4,5 gigawatts por ano.

Em 2023, de acordo com o relatório e contas do ano passado, a EDP fez um investimento bruto de 6,13 mil milhões de euros. Neste sentido, verifica-se uma redução de cerca de 2 mil milhões de euros, em termos de investimento acumulado, para o período de 2023 a 2026, em comparação com o projetado no plano estratégico. Um número confirmado pelo responsável pelas finanças da EDP, o CFO Rui Teixeira, durante a chamada.

O objetivo, de acordo com o plano apresentado no CMD, seria atingir um EBITDA de 5,7 mil milhões de euros em 2026, antecedido por 5,3 mil milhões em 2024, e receitas entre os 1,4 e 1,5 mil milhões também em 2026 (depois de subir para até 1,3 mil milhões em 2024).

No documento partilhado esta sexta-feira com os analistas, a perspetiva é a de chegar a 2026 com um EBITDA de até 5,1 mil milhões, e receitas até 1,3 mil milhões.

No que diz respeito à remuneração acionista, a empresa propôs-se em 2023 a distribuir um dividendo de pelo menos 20 cêntimos por ação no final do triénio, uma projeção que mantém. Isto corresponderia a um payout ratio de 60 a 70%, em vez dos 75 a 85% correspondentes a 2023, quando o dividendo era de 19 cêntimos.

Quanto à dívida, a EDP traçou como meta no CMD manter o rating de crédito BBB, meta na qual se mantém firme, e atingir um rácio de fundos gerados pela empresa sobre a dívida líquida (FFO/Net Debt) de 21%, logo em 2024, mantendo até 2026. Agora, reduz o objetivo deste rácio para 20%. As perspetivas para a dívida líquida caem agora para os 16 mil milhões de euros, em comparação com os 17 mil milhões do plano estratéico.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h15)

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