Concorrência não se opõe à compra do Grupo Santiago pela Lactogal
Para a AdC, esta operação não é suscetível de criar “entraves significativos” à concorrência no mercado.
A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à compra do Grupo Santiago pela Lactogal, defendendo que esta operação não é suscetível de criar “entraves significativos” à concorrência no mercado. “Em 22 de maio de 2024, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência […] deliberou adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, lê-se na informação divulgada esta quinta-feira.
Para a AdC, esta operação não é suscetível de criar “entraves significativos” à concorrência no mercado. No dia 19 de abril, a Lactogal, que opera no setor do leite e derivados, notificou a AdC da compra do controlo exclusivo do Grupo Santiago, que se dedica à produção e comercialização de queijo.
Em março, a Lactogal anunciou a compra da totalidade das empresas do Grupo Queijos Santiago, incluindo as unidades de produção em Montemuro, Palmela e Portalegre e um Centro Logístico na Venda do Pinheiro, que manterá uma gestão autónoma. Segundo nota enviada então à comunicação social, a empresa de laticínios com sede no Porto “pretende manter a matriz identitária do Grupo Queijos Santiago, pelo que não espera que venham a ocorrer alterações significativas na atual estrutura, que terá uma gestão autónoma e independente”.
A Lusa questionou a empresa sobre o valor do negócio e não obteve resposta. “Esta integração representa um passo muito importante na prossecução da estratégia da Lactogal para a categoria de queijos e criará uma oferta mais competitiva e diversificada que beneficiará os consumidores”, referiu o presidente do Conselho de Administração, José Capela, no mesmo comunicado.
Já o presidente executivo do Grupo Queijos Santiago, João Santiago, salientou que “este acordo vai permitir à Queijos Santiago e aos produtores que lhe garantem a satisfação das necessidades de leite, beneficiar do excelente trabalho feito pelas cooperativas acionistas da Lactogal, cujas práticas e exigências se traduziram na melhoria da qualidade do leite em Portugal, ao longo de tantos anos”.
O grupo Lactogal detém marcas como a Mimosa, Castelões, Agros, Gresso, Matinal, Vigor, Milhafre dos Açores e Pleno, conta com 1.550 trabalhadores e registou um volume de negócios em 2023 de 825 milhões de euros. A Queijos Santiago foi criada em 1918, em Castelo Branco, e conta com mais de 100 anos de história na produção de queijos nacionais, produzidos com leite nacional, 278 trabalhadores e um volume de negócios de 63 milhões de euros no ano passado.
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