Euribor a seis meses volta a cair para novo mínimo de 11 meses
Esta segunda-feira, a Euribor a seis meses caiu para 3,775%. No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu para 3,800%, enquanto no prazo mais longo subiu para 3,740%.
A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três e a seis meses, no prazo mais longo para um novo mínimo desde 13 de junho do ano passado, e subiu a 12 meses. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,800%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,775%) e da taxa a 12 meses (3,740%).
- A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, desceu esta segunda-feira para 3,775%, menos 0,005 pontos e um novo mínimo desde 13 de junho do ano passado, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
- No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta segunda-feira para 3,740%, mais 0,011 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
- Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,800%, menos 0,008 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
As expectativas do mercado apontam para uma descida das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) na próxima reunião de política monetária, em 6 de junho. Esta descida, a concretizar-se, deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação, com os analistas a antecipar que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno dos 3%.
Na última reunião de política monetária, em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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