Taxa de desemprego volta a recuar ligeiramente em abril
A taxa de desemprego fixou-se em 6,3%, valor tanto inferior ao do mês anterior, como do mesmo período do ano anterior. No entanto, também a população empregada encolheu, em comparação com março.
Pelo segundo mês consecutivo, o desemprego recuou (ainda que ligeiramente) em abril. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa fixou-se em 6,3%, valor inferior tanto face ao do mês anterior, como ao do mesmo período do ano passado. Desde agosto que o desemprego não estava tão baixo.
“A taxa de desemprego situou-se em 6,3%, valor inferior em relação ao mês anterior, em comparação com três meses antes e face a um ano antes: 0,1 pontos percentuais, 0,2 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente”, salienta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã. No total, em abril havia, então, 337,4 mil pessoas desempregadas em Portugal.
No entanto, também a taxa de emprego recuou no quarto mês do ano. Neste caso, a redução foi de 0,3 pontos percentuais em cadeia e de 0,1 pontos percentuais em termos homólogos.
Depois de ter atingido máximos, a população empregada encolheu para cerca de cinco milhões de pessoas, aponta o INE.
Ora, com esta evolução da população empregada e da população desempregada, em abril a população ativa emagreceu (0,5% em cadeia e 1,2% em termos homólogos), para cerca de 5,3 milhões de indivíduos.
Por outro lado, a população inativa aumentou tanto face ao mês anterior (1,2%), como em comparação com o valor registado há um ano (2,2%), tendo atingido quase 2,5 milhões de pessoas. “A evolução da população inativa foi resultado, principalmente, do acréscimo no número dos outros inativos, os que não procuram emprego nem estão disponíveis para trabalhar (24,1 mil; 1,0%)”, detalha o gabinete de estatísticas.
O INE dá conta ainda que a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,1% em abril, “valor inferior ao de março de 2024 (0,1 pontos percentuais), e ao de abril de 2023 (0,9 pontos percentuais)”. É o valor mais baixo desde, pelo menos, 2011, ano em que se inicia a atual série estatística, destaca ainda o gabinete de estatísticas.
Apesar dos desafios dos últimos anos (da inflação ao enquadramento internacional), o mercado de trabalho português tem mostrado sinais de resiliência, mantendo-se o desemprego próximo de mínimos históricos. O reverso dessa moeda é, porém, a escassez de mão de obra, de que se têm encaixado os empregadores, de vários setores da economia portuguesa.
Atualizada às 11h23
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