António Costa na campanha às europeias? “Espero que sim”, diz Marta Temido

Marta Temido rejeita que uma vitória do PS fosse mais fácil caso António Costa ainda fosse o secretário-geral do partido. "Não temos problemas por resolver lá em casa”, disse.

Marta Temido espera que, à semelhança de Carlos César, também António Costa — considerado pelo partido como um dos maiores ativos — se junte à última semana de campanha do PS para as eleições europeias. “Espero que sim, mas há questões difíceis de agenda”, afirmou, esta segunda-feira, a cabeça de lista do PS, durante o debate entre os oito candidatos ao Parlamento Europeu, rejeitando a noção de que o sufrágio de 9 de junho seria “mais fácil de ganhar” se o ex-primeiro ministro ainda fosse o secretário-geral do partido.

“O tema do secretário-geral está resolvido pelos militantes. Pedro Nuno Santos é o secretário-geral. Não temos problemas por resolver lá em casa”, respondeu a candidata, lembrando que os eurodeputados que terminam o seu mandato e José Luís Carneiro já participaram na campanha. “Nunca deixarei ficar mal o meu partido”, prometeu, dizendo ter a confiança dos seus camaradas.

Questionada sobre se uma eventual vitória do PS dá mais margem ao partido de chumbar o próximo Orçamento do Estado, Marta Temido é rápida a responder: “Tem de perguntar ao secretário-geral”, diz, sublinhando que “estas eleições não são uma segunda volta das legislativas nem primárias de outra coisa qualquer”.

Por seu turno, Sebastião Bugalho rejeita a noção de que o resultado das eleições europeias tenha repercussões a nível nacional, garantindo que uma eventual derrota da coligação que junta o PSD, CDS-PP e PPM ponha “em causa a estabilidade política do país”. “Não me parece que seja essa a leitura“, sublinhou o cabeça de lista da Aliança Democrática durante o debate.

A mesma leitura é feita pelo Iniciativa Liberal, PAN e Bloco de Esquerda. Para João Cotrim de Figueiredo, não existe a noção de que Rui Rocha deva assumir consequências de um eventual mau resultado nas eleições

Se ganhar deixo o líder em bons lençóis, se perder deixo-me a mim em maus lençóis“, afirmou o cabeça de lista liberal durante a sua intervenção. Na mesma linha, surge Pedro Fidalgo Marques diz que Inês Sousa Real não deve abdicar da liderança do partido caso o PAN tenha um mau resultado a 9 de junho. “Somos um coletivo mas os resultados das europeias serão da minha responsabilidade”, disse o cabeça de lista do PAN.

A ideia de “coletivo” também se verifica dentro do BE. Para Catarina Martins, a atual coordenadora do partido, Mariana Mortágua, tem feito um trabalho “extraordinário” e, a nível nacional, “historicamente”, as europeias têm sido “diferentes” por terem um “círculo único”.

Francisco Paupério também recusa que Rui Tavares deva ser chamado a assumir responsabilidades caso o partido tenha um mau resultado nas eleições do próximo domingo, desvalorizando a ausência do líder partidário na campanha. “Se calhar os outros líderes sentem menos confiança nos seus candidatos e têm de fazer algum tipo de controlo”, afirmou o cabeça de lista do Livre.

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