Portugal vai hoje às urnas eleger 21 eurodeputados, mas há países na UE que já votaram. Saiba quais

Dos 27 Estados-membros da União Europeia, há países que já votaram para as eleições sendo que a maioria abre as urnas neste domingo. Portugal vai eleger 21 eurodeputados.

Cerca de 10,8 milhões de portugueses vão ser chamados às urnas para eleger 21 deputados para o Parlamento Europeu. Em Portugal, as eleições decorrem este domingo, 9 de junho, mas o processo eleitoral em alguns países da União Europeia já aconteceu mais cedo. Ao todo, existem entre os 27 Estados-membros cerca de 325 milhões de pessoas elegíveis para votar os 720 deputados na próxima legislatura, em Estrasburgo, mais 15 do que em 2019.

Na Estónia, que tem a capacidade de eleger sete eurodeputados, as eleições também decorrem este domingo, mas começaram no dia 3 de junho. É o processo eleitoral mais longo da União Europeia e que decorre por via postal, presencial e online. É o único país da UE que tem as três modalidades de voto.

Segue-se a Republica Checa que manteve as urnas abertas entre 7 e 8 de junho para poder eleger 21 eurodeputados, e Itália que reservou o fim de semana (8 e 9 de junho) para os seus 47,3 milhões de eleitores poderem escolher os seus 76 eurodeputados. As urnas italianas serão as últimas a fechar em toda a UE (às 23h, horas italianas) e, por isso, é que os resultados oficiais só começarão a ser divulgados a partir das 22h (horas de Portugal continental).

Mas antes, já os Países Baixos votaram. Neste país, a tradição centenária dita que se vote às quartas-feiras, no entanto, os 27 Estados-membros concordaram que o processo eleitoral na UE, este ano, decorresse entre 6 e 9 de junho e, por isso, os neerlandeses foram chamados às urnas na quinta-feira passada. Nestas eleições, os Países Baixos elegem mais dois eurodeputados face ao hemiciclo anterior (31). No dia seguinte, 7 de junho, votaram os irlandeses, que este ano tem direito a mais um lugar no Parlamento Europeu (14).

Letónia, que elege oito eurodeputados, mais um face a 2019, Malta (seis) e Eslováquia (15, mais um) votaram no sábado, dia 8 de junho, à semelhança de alguns territórios ultramarinos franceses (São Pedro e Miquelão, São Bartolomeu, São Martinho, Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa e Polinésia Francesa) e para os cidadãos franceses residentes no continente americano.

Os restantes Estados-membros, incluindo Portugal, votam hoje, embora o horário de voto divirja de país para país. Por exemplo, na Bélgica, que elege 22 eurodeputados, mais um face a 2019, a votação termina às 14h e no Luxemburgo (seis eurodeputados) às 11h.

Como funciona a distribuição de lugares?

Na próxima legislatura, que termina em 2029, o Parlamento Europeu terá lugar para sentar mais 15 eurodeputados. O número de deputados eleitos varia de país para país: os países com maior população têm mais lugares do que os mais pequenos. Assim, devido a alterações na dimensão da população, alguns países da UE terão mais lugares nas próximas eleições em comparação com o Parlamento cessante.

Feitas as contas, foram atribuídos mais dois lugares a França (81 eurodeputados), Espanha (61) e aos Países Baixos (31); e um lugar à Áustria (20), Dinamarca (15), Bélgica (22), Polónia (53), Finlândia (15), Eslováquia (15), Irlanda (14), Eslovénia (nove) e Letónia (nove).

Portugal mantém o seu direito a eleger os seus 21 eurodeputados, à semelhança das eleições anteriores. Também Malta (seis eurodeputados), Luxemburgo (seis), Chipre (seis), Estónia (sete), Lituânia (11), Croácia (12), Bulgária, Hungria (21), Suécia (21), Republica Checa (21), Grécia (21), Roménia (33), Itália (76) e a Alemanha (96), o país com mais assentos em Estrasburgo, mantiveram o número de eurodeputados a eleger.

Além dos que votam este domingo em Portugal, já mais de 212.000 eleitores portugueses, entre os quais o Presidente da República e o primeiro-ministro, votaram antecipadamente, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI). Em Malta e na Finlândia, o voto antecipado também foi uma opção para os eleitores.

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