Ex-presidente do Banco Europeu de Investimento investigado por suspeitas de corrupção
BEI levantou a imunidade a dois antigos funcionários. Ex-presidente da instituição Werner Hoyer está a ser investigado por suspeitas de corrupção e apropriação indevida de fundos da UE.
O ex-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Werner Hoyer, está a ser investigado por suspeitas de corrupção, abuso de poder e apropriação indevida de fundos da União Europeia (UE). A informação é avançada pelo Financial Times e pelo Politico, após o levantamento de imunidade do antecessor de Nadia Calviño.
A Procuradoria Europeia (EPPO) revelou esta segunda-feira, em comunicado, que o BEI aceitou o pedido “para levantar a imunidade de dois antigos funcionários, bem como a inviolabilidade das suas instalações, edifícios e arquivos no Luxemburgo”.
Segundo o Financial Times e o Politico, a investigação visa o ex-presidente do BEI, que exerceu funções entre 2012 e 2021. Werner Hoyer, que teve como vice-presidente Ricardo Mourinho Félix entre outubro de 2020 e dezembro de 2023, deixou o cargo no final do ano passado, sendo substituído pela ex-vice presidente do Governo espanhol, Nádia Calviño.
O economista alemão garantiu, quer ao Financial Times, quero ao Politico, que as acusações são “totalmente absurdas e infundadas”. “Espero agora que sejam totalmente investigados e esclarecidos e peço ao BEI que coopere totalmente com a Procuradoria Europeia”, disse. “Também estou a cooperar totalmente com a Procuradoria Europeia e exijo um esclarecimento completo dos factos”, acrescentou.
De acordo com o Politico, o advogado de Hoyer indicou que a investigação da Procuradoria Europeia se centra na saída de um funcionário do BEI e na indemnização que lhe foi paga neste contexto. Segundo a sua equipa jurídica, Hoyer terá aprovado o acordo de saída, de acordo com as regras do BEI, embora não tenha feito parte das negociações.
A Procuradoria Europeia, responsável por investigar, processar e levar a julgamento crimes contra os interesses financeiros da UE, precisou que “o BEI concedeu o levantamento da imunidade de dois antigos funcionários, que permitirá a prossecução diligente e eficaz da investigação”.
“No estrito respeito dos princípios do Estado de direito e dos direitos garantidos, em particular, pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE, isto permitirá reunir todas as provas necessárias, sejam elas de acusação ou de defesa, para esclarecer plenamente a fatos sob investigação. Todas as pessoas envolvidas são presumidas inocentes até prova em contrário nos tribunais competentes”, refere, acrescentando que não serão divulgados mais detalhes.
O BEI, sediado no Luxemburgo e detido conjuntamente pelos países da UE, financia-se nos mercados de capitais e concede empréstimos com condições favoráveis a projetos que apoiem os objetivos da UE.
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