Renováveis batem recorde no consumo de eletricidade
Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. Já junho foi o mês com a maior importação de eletricidade de sempre.
A energia renovável abasteceu 82% do consumo de eletricidade nos primeiros seis meses do ano, a contribuição semestral mais alta dos últimos 45 anos. Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. E no final do semestre registou-se outro recorde: nunca o país tinha importado tanta energia como neste sexto mês.
A energia hidroelétrica foi responsável por 39%, a eólica por 28%, a fotovoltaica por 9% e a biomassa 6%, detalha a REN – Redes Energéticas Nacionais, num comunicado enviado à imprensa. A produção via gás natural foi responsável por 8%, com os restantes 10% a corresponderem ao saldo importador.
No primeiro semestre, o consumo de energia elétrica ficou 1,6% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, ou 2,5%, considerando efeitos de temperatura e dias úteis. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33 (média histórica igual a 1), o de eólica 1,06 e o de solar 0,93.
Já o consumo acumulado anual de gás natural, até junho, registou uma descida de 19%, resultado de uma quebra de 66% no mercado elétrico, parcialmente compensada por uma evolução positiva de 3,4% no segmento convencional. Para o primeiro semestre tratou-se do consumo de gás mais baixo desde 2003.
Junho rico em energia importada
Em junho, em resultado das temperaturas abaixo dos valores normais, o consumo de energia elétrica baixou 1,7%, embora com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis se verifique um aumento de 0,7%.
Ainda em junho, a produção renovável abasteceu 57% do consumo, a produção não renovável 4% e a energia importada, que registou o saldo mensal mais elevado de sempre, os restantes 39%.
No mercado de gás natural registou-se em junho uma descida homóloga no consumo de 40%. Enquanto no segmento de produção de energia elétrica, a descida foi de 96%, no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a redução foi de 3,2%.
Em junho, o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar fortes exportações, equivalentes a cerca de 55% do consumo nacional.
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