Regresso de jovens aceleraria convergência com a UE em 14 anos
Regresso a Portugal de 19.400 jovens por ano, o mesmo número dos que saíram anualmente nos últimos anos, aumentaria o PIB em 0,61 pontos percentuais, estima o economista Pedro Brinca.
“E se conseguíssemos transformar a economia portuguesa para trazer, por ano, 194 mil jovens, o número médio que saiu entre 2012 e 2021, criando um ambiente económico para eles virem?” O economista Pedro Brinca estima que o ritmo de crescimento da economia portuguesa aumentaria em 0,61 pontos percentuais, acelerando a convergência com a União Europeia.
Ao ritmo atual e usando as estimativas mais recentes do FMI, a economia portuguesa atingirá a média da Zona Euro em 2056 e da União Europeia em 2060. O regresso dos jovens que saíram permitiria fazer a convergência em 2046, 14 anos mais cedo, assumindo que vinham trabalhar para grandes empresas.
Uma das coisas onde a nossa economia se destaca pela negativa é a preponderância de microempresas com baixos salários e pouco produtivas.
“Uma das coisas onde a nossa economia se destaca pela negativa é a preponderância de microempresas com baixos salários e pouco produtivas”, afirmou Pedro Brinca durante a conferência “Portugal o país onde vais querer estar”, uma iniciativa da Associação Business Roundtable, que decorre esta quarta-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos. Segundo o economista, o valor acrescentado bruto por trabalhador nas grandes empresas é de 83 mil euros, contra 22 mil euros nas pequenas, quase quatro vezes mais.
Pedro Brinca fez ainda o exercício de qual seria o impacto de em Portugal o peso das grandes empresas ser idêntico ao da média da UE – subir de 21,5% para 36,4% e o das pequenas descer de 44,1% para 30,1% – conjugado com o regresso dos jovens. Neste caso, o país atingiria o PIB per capita médio da UE em 2033 e passaria a estar entre os países com maior crescimento.
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