Centeno diz ser “possível” cortar juros em todas as reuniões do BCE
Governador do Banco de Portugal diz que decisões do BCE estão dependentes dos dados, notando que a sua evolução tem apoiado o alívio das taxas de juro na Zona Euro.
Sem se comprometer com números, Mário Centeno considera que “é possível cortar juros em todas as reuniões” do Banco Central Europeu (BCE). Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o governador do Banco de Portugal diz que as decisões dependem dos dados, cuja evolução tem apoiado o alívio da política monetária, admitindo uma nova descida já no próximo encontro em Frankfurt, em 18 de julho.
“Devemos focar-nos na dimensão da política monetária sempre no médio prazo e não tanto no que se passa mês após mês. Isto é verdade para a inflação, mas também é verdade para as taxas de juros”, aponta Centeno. Embora recuse entrar na “aritmética” de previsões quanto ao número de cortes nas taxas de juro este ano e em 2025, adianta que o próximo movimento, “com uma elevadíssima probabilidade, vai ser de cortar de novo”.
Acerca do voto contra a descida de juros na reunião de junho, Centeno retira o peso a essa decisão individual. Reconhecendo “sensibilidades distintas” entre os membros do conselho do BCE, prevê que, “consoante se vá amadurecendo o processo de descida das taxas, esse consenso possa ser mais alargado”. “Mas também já só se pode alargar a mais uma pessoa”, frisa.
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