CEO do BCP acredita que custo do crédito vai continuar a aliviar
Para Miguel Maya, há condições para as taxas continuarem a baixar, “subsistindo incerteza apenas quanto ao ritmo” de redução dos juros.
O CEO do BCP acredita que o custo do crédito às famílias e empresas vai continuar a aliviar nos próximos tempos. Para Miguel Maya, há condições para as taxas de juro continuarem a baixar, “subsistindo apenas incerteza quanto ao ritmo” de redução.
Diante de uma plateia de empresários, Miguel Maya terminou o seu discurso da conferência Millenium Talks, organizada pelo BCP em Lisboa, com uma “nota otimista em relação à evolução do custo do crédito”.
“Já iniciámos um novo ciclo da política monetária, a redução das taxas de juro é já uma realidade, subsistindo incerteza apenas quanto ao ritmo”, afirmou o gestor.
E acrescentou: “No passado mês de junho, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas em 25 pontos base, a primeira redução dos últimos dois anos. O governador do Banco de Portugal sinalizou que está confiante quanto à evolução das condições para que a política monetária de redução das taxas de juro continue. Há fundamentos para estarmos confiantes numa evolução favorável do contexto macroeconómico”.
Nos últimos dois anos, o BCE subiu as taxas de juro de referência em 450 pontos base, num esforço para travar a escalada da inflação, agravando o custo dos empréstimos às famílias e empresas.
Entretanto, a inversão da política monetária deu-se no mês passado com um corte das taxas, que não ficará por aqui. Os analistas a esperarem mais duas reduções ao longo deste ano.
Apesar do otimismo, Miguel Maya sublinhou que “permanecem múltiplos fatores que podem fazer divergir a narrativa da realidade”, nomeadamente “a evolução dos conflitos na Palestina e na Ucrânia, ou a eventual inflexão da política dos EUA de modo a condicionar o comércio mundial”, que podem travar a descida dos juros.
“É tempo de promover reformas”
Numa observação mais política, Miguel Maya considerou que estamos no momento de “promover as reformas necessárias para assegurar a competitividade das empresas”, destacando mesmo que devemos “exigir aos nossos governantes uma visão de futuro”.
“Sem a retórica gasta do ‘ou nós ou o dilúvio’, estou convicto que os portugueses saberão apoiar as mudanças necessárias. A grande maioria dos portugueses sabe que só com prosperidade económica é possível perspetivar com seriedade a melhoria das condições de vida das pessoas”, declarou o líder do BCP.
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