Suplemento remuneratório dos médicos para assegurar urgências vai vigorar “até ao final do ano” 

Ana Paula Martins, ministra da Saúde, indicou que esta medida só estará em vigor até dezembro e que será dirigida a "todos os médicos que fazem urgência".

A ministra da Saúde adiantou esta quarta-feira no Parlamento que o suplemento remuneratório para as horas extraordinárias dos médicos aprovado na semana passada está nas mãos do Presidente da República para ser promulgado e que só vai vigorar “até ao final do ano”.

Na semana passada, o Governo aprovou um suplemento remuneratório para as horas extraordinárias dos médicos de caráter temporário e excecional. “O montante do suplemento vai aumentando progressivamente, com incentivos de mais 40% a 70% da remuneração base de cada médico, por cada bloco de 40 horas de trabalho realizado, a acrescer ao pagamento das horas de trabalho efetivamente prestadas”, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

Ana Paula Martins, que esta quarta-feira está a ser ouvida no Parlamento no âmbito de uma audição regimental, indicou que esta medida “replicou, no fundo”, outras medidas “já existentes no passado” e que o Decreto-Lei “está para promulgação do Presidente da República”.

Segundo a governante, este incentivo estará em vigor “até ao final do ano”, é “voluntário” e dirigido a “todos os médicos que fazem urgência”, não apenas os de urgência externa. É uma forma de recompensar estes profissionais pelo “esforço adicional” para assegurarem as urgências para lá das 150 e 250 horas obrigatórias anuais.

A ministra da Saúde referiu ainda que “é prioritário” para o Governo que se iniciem negociações tendo em vista a valorização das carreiras especiais do setor da saúde, pelo que indica que “o tema das tabelas salariais” destas carreiras está incluído nos protocolos negociais assinados com o sindicatos dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos para poder haver “uma conversa aprofundada”. “É inequívoco que queremos valorizar os profissionais”, garantiu.

Quanto ao registo eletrónico de saúde (RES) Portugal estará em condições de o disponibilizar no SNS “até agosto do próximo ano”. A ministra recorda ainda que serão asseguradas todas as “cautelas” e que serão seguidas “regras” para alargar esta possibilidades também ao setor social e privado, como previsto pela diretiva europeia que força os Estados-membros a aplicarem esta medida até 2028.

Neste momento, em relação ao que são camas de cuidados continuados e cuidados paliativos, no total, estamos abaixo da meta do PRR em 2.400 camas.

Cristina Vaz Tomé

Secretária de Estado da Gestão da Saúde

Já sobre as metas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no agregado de camas de cuidados continuados e de cuidados paliativos, a secretária de Estado da Gestão da Saúde que tem esse pelouro, adiantou que o Governo está “a acelerar o processo de adjudicação”.

“Neste momento, em relação ao que são camas de cuidados continuados e cuidados paliativos, no total, estamos abaixo da meta do PRR em 2.400 camas”, revelou Cristina Vaz Tomé.

Perante este atraso, o Ministério da Saúde garante que vai “relançar novos avisos” e “tornar a abrangência dos cuidados continuados e cuidados paliativos maior e mais direciono para determinadas zonas do país que ficaram sem resposta, de acordo com a metas que estavam previstas”, detalha a secretária de Estado da Gestão da Saúde aos deputados.

(Notícia atualizada com mais informação às 11h48)

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