INE confirma abrandamento da inflação para 2,8% em junho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Julho 2024

Taxa homóloga da inflação voltou a desacelerar no mês de junho, depois de ter acelerado para 3,1% no mês anterior devido à subida dos preços dos hotéis, por causa dos dois concertos de Taylor Swift.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação homóloga em junho foi de 2,8%, o que representa uma desaceleração de 0,3 pontos percentuais face ao ritmo da subida de preços registado no mês anterior.

Este abrandamento deve-se, sobretudo, à redução dos preços dos hotéis, que em maio aceleraram por causa dos dois concertos da Taylor Swift em Lisboa, que mais do que compensou a subida dos preços dos combustíveis. No mês passado, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha aumentado 3,1%, também devido à entrada em vigor do “IVA Zero” em meados de abril de 2023, que provocou o chamado “efeito de base”.

Além do segmento da restauração e hotelaria, o INE realça a diminuição da taxa de variação homóloga nos Transportes, para 1,6%.

Os dados publicados esta quarta-feira confirmaram também uma aceleração dos preços dos produtos energéticos, para 9,4%, mais 1,6 pontos percentuais face aos 7,8% registados em maio.

Em tendência inversa, a variação do índice dos produtos alimentares não transformados diminuiu para 1,8% (em vez de 2%, como apontava a estimativa rápida do INE), o que equivale a uma desaceleração de 0,7 pontos percentuais relativamente ao mês precedente.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Enquanto isso, segundo o INE, a inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (como é o caso dos produtos alimentares não transformados e energéticos), registou uma variação homóloga de 2,4%, uma revisão em alta face ao valor avançado na estimativa rápida (2,3%), mas, ainda assim, desacelerando 0,3 pontos percentuais face à taxa de 2,7% observada no mês anterior.

A evolução da inflação subjacente está cada vez mais próxima da meta estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE), que olha particularmente para este indicador no controlo do aumento dos preços na Zona Euro.

No que toca ao indicador que é utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), o INE confirma a variação homóloga de 3,1%, valor inferior em 0,7 pontos percentuais ao registado em maio, mas superior em 0,6 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área da moeda única.

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