Falha técnica derruba serviços a nível mundial. Transportes, banca e media afetados

Um problema informático está a gerar disrupção em vários serviços nos quatro cantos do planeta. ANA admite constrangimentos nos aeroportos nacionais.

Uma falha técnica mundial está a causar disrupção num conjunto alargado de serviços esta sexta-feira, incluindo bancos, companhias aéreas, aeroportos e transportes públicos, avança a imprensa internacional. Há registo de problemas nos quatro cantos do mundo, da Europa à Austrália, da Índia aos EUA, bem como em Portugal.

Vários meios de referência, incluindo o Financial Times e a CNBC, avançam que a origem destes problemas pode estar numa atualização falhada de um serviço por parte da CrowdStrike, uma empresa de cibersegurança norte-americana. Alguns computadores com o sistema operativo Microsoft Windows ficaram inoperacionais devido a esse erro.

O setor dos transportes é uma das principais vítimas. Segundo a Bloomberg, companhias aéreas desde Mumbai até Hong Kong estão a verificar manualmente os seus passageiros devido a problemas nos sistemas, enquanto na Europa vários aeroportos alertaram para possíveis atrasos nas viagens.

Em Portugal, fonte oficial da ANA, que gere os aeroportos nacionais, disse ao ECO e à Lusa que a falha não está a afetar “diretamente” o seu sistema informático. Porém, a empresa admite constrangimentos para os passageiros, já que algumas companhias aéreas e empresas de handling que operam no país estão a verificar disrupção. A Ryanair e a KLM estarão a realizar check-in manual.

Enquanto isso, em Espanha, a Aena, a principal empresa de gestão aeroportuária, confirmou que um “incidente” tecnológico está a obrigar as transportadoras a usarem “sistemas manuais”. O grupo disse estar a trabalhar para resolver a situação “o mais depressa possível”.

No Reino Unido, a transportadora ferroviária Thameslink alertou na rede social X para a possibilidade de ter de suprimir ligações à última hora, por estar incapaz de aceder a “diagramas dos maquinistas” em “certas localizações”.

Na Austrália, várias empresas de retalho confirmaram problemas técnicos nos seus sistemas, incluindo a Woolworths e a 7-Eleven, segundo o Financial Times. Há fotografias que mostram caixas de supermercados inoperacionais, com os ecrãs dos computadores a mostrarem um erro vulgarmente conhecido por blue screen.

No setor do retalho em Portugal, a Jerónimo Martins, que detém as cadeias de supermercados Pingo Doce, disse ao ECO que não está a ser afetada.

O Grupo LSE, que opera a bolsa de Londres, disse estar a ser afetado por um problema técnico a nível global que está a afetar alguns dos seus serviços, segundo a Bloomberg.

Na banca, o ECO confirmou que a falha afetou o Santander: “Alguns dos nossos serviços foram afetados por um problema informático mundial”, disse fonte oficial.

Já a SIBS, empresa responsável pela gestão da rede multibanco em Portugal, informou que “não verificou nos seus sistemas qualquer impacto causado pela falha informática”. Os serviços estão a “funcionar dentro da normalidade”, disse, num comunicado enviado ao ECO.

A cadeia de televisão britânica Sky News confirmou estar impedida de transmitir em direto esta sexta-feira de manhã e pediu desculpa aos telespetadores.

Contactada, fonte oficial da CP disse ao ECO que “até ao momento não registou qualquer constrangimento”.

Quanto às operadoras de telecomunicações, fonte oficial da Nos adiantou que os serviços de voz, rede e televisão não estão a ser afetados pela falha informática, enquanto a Vodafone Portugal indicou ao ECO que “não se verificam perturbações na sua rede, estando todos os parâmetros a funcionar normalmente”. Ainda assim, as equipas técnicas da Vodafone “estão atentas a quaisquer problemas indiretos que possam surgir”.

a Meo confirmou ao ECO que os serviços de comunicação dos seus clientes não foram afetados, mas verificaram-se “constrangimentos em alguns canais de atendimento, estando a ser tomadas todas as medidas para normalização destes canais”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h03)

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