Acionista da Inapa pede marcação de assembleia-geral com “urgência que o momento justifica”
Pedido de AG por parte da Nova Expressão, noticiado em primeira mão pelo ECO esta segunda-feira, já foi entregue e visa impedir a progressão do pedido de insolvência apresentado pela Inapa esta tarde.
A Nova Expressão, o segundo maior acionista da Inapa, com 10,85% do capital, já entregou o seu pedido de convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária, tal como tinha sido avançado pelo ECO, pedindo que esta seja marcada com “urgência”. A solicitação para a convocatória já seguiu, depois da administração da Inapa ter formalizado o pedido de insolvência, um processo que o grupo de Pedro Baltazar quer agora travar antes que produza efeitos jurídicos.
Entre as propostas avançadas para discutir em AG está a realização de um aumento de capital, não referindo contudo o montante desta operação, ao contrário do que surgia no primeiro draft a que o ECO teve acesso e que referia um aumento de capital no valor de 30 milhões de euros.
O primeiro ponto a discutir será apenas a eventual deliberação sobre a viabilidade económica da sociedade, uma vez que a administração já apresentou entretanto a Inapa à insolvência. O segundo que a Nova Expressão quer apresentar à discussão e deliberação é uma a redução de capital para cobertura de prejuízos, com a correspondente redução do valor nominal de todas as ações representativas do capital social.
Em terceiro lugar, será discutido e deliberado um aumento de capital da sociedade por realização de novas entradas em dinheiro, para reforço da cobertura de capital. Por fim, a AG pretende designar os novos membros do conselho de administração da empresa, para o mandato em curso.
A Nova Expressão justifica este pedido de AG com o pedido de demissão apresentado pela administração liderada por Frederico Lupi, com o acionista a referir que “existindo a possibilidade real de os acionistas encontrarem alternativas para fazer face às necessidades financeiras da sociedade que permitam a sua não apresentação à insolvência, é imperioso que tais alternativas sejam colocadas à decisão dos Acionistas, antes de a Sociedade ser confrontada com os efeitos jurídicos da declaração de insolvência.”
Face às circunstâncias, a Nova Expressão pede que a “Assembleia Geral seja agendada com a urgência que o momento justifica.”
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